|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Para Lula, pacto de não-agressão entre PT e PMDB é fundamental
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA
Em reunião com a ala governista do PMDB, na noite de anteontem, o presidente Lula disse que um pacto de não-agressão nos Estados onde o partido
e o PT forem adversários é fundamental para viabilizar o
apoio mútuo das legendas em
eventuais segundos turnos, inclusive na disputa presidencial.
Essa conduta, na avaliação do
presidente, é necessária para
que, caso seja reeleito, o PMDB
integre o governo de coalizão.
No encontro, na Granja do Torto, 18 diretórios do PMDB declararam apoio formal a Lula,
segundo a ala governista.
Para Michel Temer, presidente da sigla e oposicionista,
no máximo nove diretórios poderão oferecer palanque a Lula.
Sobre a disputa no Estado de
São Paulo, Lula teria dito que a
candidatura de Orestes Quércia (PMDB) ao governo foi
"muito importante" para tentar levar a eleição para o segundo turno, e sinalizou que quer
os dois partidos juntos.
Ontem, os peemedebistas
decidiriam os nomes de dois dirigentes que atuarão na campanha de Lula. Entre os cotados
estão Jader Barbalho, José Sarney e Eunício Oliveira. Os governistas também nomeariam
um peemedebista de cada Estado para atuar na campanha.
Haverá um "grupo de palanques", que analisará as agendas
de Lula para evitar conflitos.
Em meio a elogios ao governador Roberto Requião (PR),
Lula disse não entender o apoio
dele a Geraldo Alckmin. Para
ilustrar a improbabilidade de
acordo com tucanos, ele contou
que, ao inaugurar uma penitenciária, Requião teria perguntado onde ficava a cela do senador
Álvaro Dias (PSDB-PR).
O petista também teria reclamado da atitude do PT em Minas, onde teve que "jogar duro"
para que o partido aceitasse a
candidatura de Newton Cardoso (PMDB) ao Senado.
(FERNANDA KRAKOVICS e MALU DELGADO)
Texto Anterior: Eleições 2006/Presidência: Burocracia retarda arrecadação de verba para as campanhas Próximo Texto: Apesar de crise, PT filia cem em festa no Rio Índice
|