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Lobão emprega namorado de neta de Sarney
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O namorado da neta do presidente do Senado, José Sarney
(PMDB-AP), é funcionário do
Ministério de Minas e Energia.
Estudante de direito, Luiz Gustavo Amorim namora Rafaela
Sarney, filha adotiva da governadora do Maranhão, Roseana
Sarney (PMDB).
Há quatro anos a pasta é dominada por Sarney. Em 2005,
ele indicou Silas Rondeau, que
só deixou o cargo após ser citado na Operação Navalha da Polícia Federal. No começo do
ano passado, o senador Edison
Lobão (PMDB-MA) assumiu o
ministério. Foi ele quem empregou Gustavo, nomeado em
fevereiro de 2008.
Com salário de R$ 2.518,42,
ele ocupa cargo de confiança na
Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral. Na tarde de sexta, a Folha
tentou encontrá-lo no local,
mas ninguém o conhecia. Luiz
Gustavo estuda na UniCeub e
deve se formar em julho deste
ano. Procurado por telefone,
não comentou o assunto.
A assessoria do Ministério de
Minas e Energia disse que as
folhas de ponto de Luiz Gustavo estão todas preenchidas.
O pai de Luiz Gustavo é o desembargador Leomar Amorim.
Na terça-feira passada, o Senado aprovou sua indicação para
o CNJ (Conselho Nacional de
Justiça). Sua carreira começou
na Justiça do Maranhão.
Ele é um dos 14 integrantes
do Judiciário que usam apartamentos funcionais do Senado.
No mês passado, a Folha revelou que Sarney emprestou um
imóvel funcional reservado em
seu nome para o ex-senador
Bello Parga (PFL), morto em
maio de 2008.
Mais parentes
Sarney abrigou em seu gabinete, até 23 de junho deste ano,
as duas filhas de seu primo e deputado federal Albérico Ferreira Filho (PMDB-MA). Ana Carolina e Ana Luiza Ferreira
eram assistentes parlamentares, com salário de R$ 2.494,81.
Elas foram exoneradas porque Albérico Filho assumiu o
mandato na Câmara no lugar
de Gastão Vieira (PMDB-MA),
que se tornou secretário de Planejamento do governo de Roseana Sarney. Albérico assumiu na Câmara em 22 de maio
e elas saíram do Senado apenas
em 23 de junho, infringindo assim, por 30 dias, súmula do STF
(Supremo Tribunal Federal).
(ADRIANO CEOLIN E ANDREZA MATAIS)
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