São Paulo, quinta-feira, 12 de agosto de 2004 |
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PAINEL Voz do dono O tucano Antero Paes de Barros já aceita antecipar a morte da CPI do Banestado. O renitente é o petista José Mentor. Tanto o presidente da comissão quanto o relator agem em sintonia com seus respectivos partidos. Acabrunhado De José Sarney, provocando gargalhadas numa roda da qual participavam Renan Calheiros e Delcídio Amaral: "Depois dessa confusão toda, o Antero me parece o mais moderado da CPI". Por dentro A Abin detectou esquemas empresariais em ação na CPI do Banestado. Municiariam grupos com informações sobre concorrentes e membros do governo. Bilhete premiado O banqueiro Daniel Dantas, do grupo Opportunity e da Brasil Telecom que espionou o governo, foi um dos beneficiados pelo convoca-e-depois-desconvoca do relator José Mentor. Coisas de casal Desde que marcharam juntos para a oposição, PSDB e PFL nunca divergiram tanto quanto em relação à CPI do Banestado. Enquanto os tucanos tocavam fogo, os pefelistas, tradicionais aliados dos banqueiros, foram os bombeiros da história. Semeadura José Dirceu e João Paulo Cunha seguem pegadas tucanas ao iniciar campanha por um novo mandato no segundo ano de Lula. Foi em 1996 que Sérgio Motta abriu a temporada de caça ao declarar: "Já estou tendo sonhos eróticos com a reeleição". O de sempre Subiu no telhado a reunião que governadores aliados fariam na próxima semana em resposta às críticas de seus colegas tucanos ao Planalto. Lula tem dúvidas sobre a oportunidade do encontro, articulado por José Dirceu e bombardeado por Aldo Rebelo. Na sombra Há quem recomende não atribuir apenas a indicadores econômicos positivos a recuperação da popularidade de Lula. O presidente, como seu antecessor em 1996 e 2000, estaria se beneficiando também da relativa desatenção do eleitor, voltado agora para a disputa municipal. Próprias pernas Para o PT municipal, o avanço de Marta Suplicy nas pesquisas se deve menos ao "efeito carona" da recuperação de Lula e mais à maciça campanha na periferia, notadamente o trabalho dos visitadores remunerados. Voto de fé O PSDB corre para definir o apoio da Igreja do Evangelho Quadrangular e do Ministério Madureira da Assembléia de Deus a José Serra. Enquanto isso, o PT trabalha para levar, se possível sem dissidências, a Universal do bispo Edir Macedo. Na mesma faixa A candidatura de Irma Passoni a vereadora paulistana tem a bênção do ministro José Dirceu e do PT nacional. A ex-deputada, nome histórico do partido, tentará fazer frente aos irmãos Tatto, fiéis escudeiros de Marta Suplicy, na zona sul da capital. Gol contra Em seu segundo dia na rede, o site da campanha de José Serra reproduziu ontem, aparentemente por engano, reportagem de um jornal paulistano com críticas à merenda servida pelo governo Alckmin. O texto sumiu rapidinho da página. Boa de números Doutora Havanir (Prona) não precisa de tesoureiro: ela mesma cuida de seu cofre de campanha. Estrangeiros Sem apoio federal ou estadual, tucanos do Paraná acionaram estrelas do partido para ajudar Beto Richa em Curitiba. FHC, Serra e Alckmin vão aparecer em programas do candidato. TIROTEIO Do senador petista Eduardo Suplicy (SP) sobre a liberdade de imprensa, que no entender do ministro Luiz Gushiken não é um valor absoluto: -A liberdade de imprensa é um princípio constitucional, e na Constituição não está escrito que ela é um princípio relativo. CONTRAPONTO Meio a meio Em 1971, Paulo Maluf deixou a
Prefeitura de São Paulo e assumiu a Secretaria dos Transportes do Estado, cargo que ocupou
por quatro anos. À época na
Arena, partido que dava sustentação política à ditadura militar
(1964-1985), ele iniciou as obras
do metrô no bairro do Jabaquara, zona sul da cidade. |
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