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Alckmin lidera e Marta larga em 2º na disputa paulistana
Kassab (DEM) e ex-prefeitos Maluf (PP) e Erundina (PSB) estão embolados em 3º
Datafolha aponta tucano em 1º em todos os cenários de que participa; ex-prefeita do PT tem desempenho superior ao de Mercadante
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB),
derrotado na corrida presidencial de 2006, é hoje o nome
mais forte na disputa pela Prefeitura de São Paulo, segundo o
Datafolha. A cerca de 14 meses
da eleição, o tucano lidera todos os cinco cenários em que
seu nome é apresentado como
candidato em 2008, com percentuais que variam de 30% a
41% conforme os adversários.
O Datafolha pesquisou sete
cenários. Alckmin lidera mesmo na simulação em que o instituto apresenta a hipótese de
ruptura da aliança entre o
PSDB e o DEM, incluindo os
nomes do tucano e do atual
prefeito Gilberto Kassab
(DEM) num cenário que tem a
ministra do Turismo, Marta
Suplicy, como candidata do PT.
Contra Kassab e Marta, Alckmin obtém 30% das intenções
de voto. A petista fica com 24%.
Kassab aparece com 10%, tecnicamente empatado com os
ex-prefeitos Paulo Maluf (11%),
do PP, e Luiza Erundina (9%),
do PSB. Paulo Pereira da Silva,
o Paulinho (PDT), tem 5% da
preferência. O Datafolha ouviu
1.091 moradores de São Paulo
no último dia 9. A margem de
erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
A pesquisa indica que Alckmin e Kassab partilham o mesmo eleitorado. "Juntos, eles dividem o eleitorado. Com um só
candidato, um herda o eleitor
do outro", analisa o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino. A vantagem de Alckmin sobre Marta vai para 14 pontos no
cenário em que Kassab não disputaria a reeleição. Nesse quadro, Alckmin conta com 37%,
da preferência, contra 23% de
Marta. Maluf e Erundina ficam
tecnicamente empatados, com
12% e 11% respectivamente.
Quando Marta é substituída
pelo senador Aloizio Mercadante, candidato derrotado ao
governo paulista, Alckmin chega a 41%, seguido de Erundina
(15%) e Maluf (12%). Mercadante está em 4º, com 9%.
O desempenho de Kassab
também é melhor sem Alckmin
na disputa. Num cenário que
prevê a candidatura de Marta, a
petista lidera com 27%. Kassab
fica isolado em segundo, com
20%. Maluf e Erundina empatam, com 14% e 13%.
Kassab tem ligeira vantagem
-com 21%- quando Alckmin e
Marta estão de fora. Nesse quadro, Erundina tem 18%. Maluf,
17% e Mercadante, 12%. "Kassab é competitivo. Está no páreo", diz Mauro Paulino.
Alckmin chega a 36% e 35%
nos cenários em que Kassab é
citado e Marta substituída, respectivamente, pelo presidente
da Câmara, Arlindo Chinaglia,
e por Aloizio Mercadante.
Ao analisar o perfil do eleitorado, Paulino chama a atenção
para "o enorme contraste que
existe segundo a renda familiar
mensal [do eleitor]": "A diferença de Alckmin para Marta
entre os que têm renda acima
de dez salários-mínimos é de 41
pontos". Alckmin tem 50% dessa fatia do eleitorado. Marta,
9%. A petista abre quatro pontos de vantagem entre aqueles
com renda familiar mensal de
até dois salários mínimos -faixa que representa cerca de 32%
do eleitorado. Alckmin também lidera entre os eleitores
com nível superior: 43% a 17%.
Entre os que têm escolaridade
fundamental, Marta aparece
com 26% e Alckmin, com 24%.
O tucano tem a simpatia de
37% dos que responderam usar
o carro como principal meio de
transporte. Marta tem 14%
nessa faixa. Com cinco pontos à
frente de Alckmin (26%), Marta é preferida por 31% dos que
andam de lotação ou vans.
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