São Paulo, domingo, 12 de agosto de 2007

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Alckmin lidera e Marta larga em 2º na disputa paulistana

Kassab (DEM) e ex-prefeitos Maluf (PP) e Erundina (PSB) estão embolados em 3º

Datafolha aponta tucano em 1º em todos os cenários de que participa; ex-prefeita do PT tem desempenho superior ao de Mercadante

CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), derrotado na corrida presidencial de 2006, é hoje o nome mais forte na disputa pela Prefeitura de São Paulo, segundo o Datafolha. A cerca de 14 meses da eleição, o tucano lidera todos os cinco cenários em que seu nome é apresentado como candidato em 2008, com percentuais que variam de 30% a 41% conforme os adversários.
O Datafolha pesquisou sete cenários. Alckmin lidera mesmo na simulação em que o instituto apresenta a hipótese de ruptura da aliança entre o PSDB e o DEM, incluindo os nomes do tucano e do atual prefeito Gilberto Kassab (DEM) num cenário que tem a ministra do Turismo, Marta Suplicy, como candidata do PT.
Contra Kassab e Marta, Alckmin obtém 30% das intenções de voto. A petista fica com 24%. Kassab aparece com 10%, tecnicamente empatado com os ex-prefeitos Paulo Maluf (11%), do PP, e Luiza Erundina (9%), do PSB. Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT), tem 5% da preferência. O Datafolha ouviu 1.091 moradores de São Paulo no último dia 9. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
A pesquisa indica que Alckmin e Kassab partilham o mesmo eleitorado. "Juntos, eles dividem o eleitorado. Com um só candidato, um herda o eleitor do outro", analisa o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino. A vantagem de Alckmin sobre Marta vai para 14 pontos no cenário em que Kassab não disputaria a reeleição. Nesse quadro, Alckmin conta com 37%, da preferência, contra 23% de Marta. Maluf e Erundina ficam tecnicamente empatados, com 12% e 11% respectivamente.
Quando Marta é substituída pelo senador Aloizio Mercadante, candidato derrotado ao governo paulista, Alckmin chega a 41%, seguido de Erundina (15%) e Maluf (12%). Mercadante está em 4º, com 9%.
O desempenho de Kassab também é melhor sem Alckmin na disputa. Num cenário que prevê a candidatura de Marta, a petista lidera com 27%. Kassab fica isolado em segundo, com 20%. Maluf e Erundina empatam, com 14% e 13%.
Kassab tem ligeira vantagem -com 21%- quando Alckmin e Marta estão de fora. Nesse quadro, Erundina tem 18%. Maluf, 17% e Mercadante, 12%. "Kassab é competitivo. Está no páreo", diz Mauro Paulino.
Alckmin chega a 36% e 35% nos cenários em que Kassab é citado e Marta substituída, respectivamente, pelo presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, e por Aloizio Mercadante.
Ao analisar o perfil do eleitorado, Paulino chama a atenção para "o enorme contraste que existe segundo a renda familiar mensal [do eleitor]": "A diferença de Alckmin para Marta entre os que têm renda acima de dez salários-mínimos é de 41 pontos". Alckmin tem 50% dessa fatia do eleitorado. Marta, 9%. A petista abre quatro pontos de vantagem entre aqueles com renda familiar mensal de até dois salários mínimos -faixa que representa cerca de 32% do eleitorado. Alckmin também lidera entre os eleitores com nível superior: 43% a 17%. Entre os que têm escolaridade fundamental, Marta aparece com 26% e Alckmin, com 24%.
O tucano tem a simpatia de 37% dos que responderam usar o carro como principal meio de transporte. Marta tem 14% nessa faixa. Com cinco pontos à frente de Alckmin (26%), Marta é preferida por 31% dos que andam de lotação ou vans.


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