São Paulo, domingo, 12 de agosto de 2007

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entrevista

"Uma coisa não tem nada a ver com a outra"

DA AGÊNCIA FOLHA, EM JOÃO PESSOA

O procurador-chefe da Assembléia da Paraíba, João Fernandes da Silva, recebeu R$ 5.000 em 2005 para pagar uma cirurgia de vesícula e doou R$ 5.000 à campanha.  

FOLHA - O sr. passou por seleção feita por assistentes sociais?
JOÃO FERNANDES DA SILVA
- Eu comprovei que foi uma emergência e que naquele momento não tinha a suficiente provisão de fundos.

FOLHA - O sr. não acha que deveria haver critérios mais rigorosos de seleção dos beneficiários?
SILVA
- Eu acho isso relativo. O que o SUS pode atender, nós encaminhamos; o que não pode, a Casa Civil tem recursos para atender.

FOLHA - Os valores repassados não são muito altos para um programa de assistência social?
SILVA
- Eu acho isso relativo. Se você está com câncer, não são R$ 300 que resolvem.

FOLHA - O salário do sr. na época em que pediu o auxílio era inferior ao de quando fez a doação?
SILVA
- Não é essa a questão. Não é toda hora que você tem R$ 12 mil no bolso para pagar uma cirurgia. Uma coisa não tem nada a ver com a outra.


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