|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Governo ajuda pessoas carentes, diz advogado
DA AGÊNCIA FOLHA, EM JOÃO PESSOA
Delosmar Mendonça, advogado do governador Cássio Cunha Lima (PSDB), afirmou que
o "auxílio financeiro a pessoas
carentes e a pessoas físicas de
uma forma geral é uma atividade tradicional" na Paraíba.
Segundo Mendonça, há registros no Siaf (Sistema de Administração Financeira) do Estado desde 1995 que comprovam a existência desse tipo de
programa assistencial.
"Esses auxílios são feitos
com recursos do Tesouro estadual e sempre foram concedidos no Estado. São auxílios para situações emergenciais, como doenças, colocação de equipamentos, entre outros. Todos
com processos administrativos", disse Mendonça.
De acordo com o advogado, o
procedimento para se conseguir um auxílio financeiro começa com um requerimento,
que deve ser acompanhado de
um comprovante -como laudos médicos, no caso de doença- e de um orçamento. Depois, os documentos são encaminhados para um assistente
social, que então emite seu parecer para o chefe da Casa Civil
deferir ou não o pedido.
Para o advogado, a distribuição de auxílio financeiro a qualquer pessoa, sem atestado de
carência, está regulamentada
pela lei estadual 7.020/01: "O
segundo inciso da lei fala em
"concessão de auxílio financeiro supletivo, em caráter especial, para transporte, assistência médica e hospitalar a pessoas", e não especifica se a pessoa deve ou não ser carente".
Contudo, o decreto que proibiu a extensão de auxílio financeiro a outros órgãos que não a
Casa Civil, assinado por Cunha
Lima em 2003, diz que a concessão de ajuda econômica ou
financeira é feita a pessoas carentes. "Na Casa Civil, se está
comprovado que a pessoa tinha
câncer e não tinha condições
para pagar o tratamento, não
há problema", disse Mendonça.
Segundo a assessoria de imprensa do governo, Rômulo
Araújo de Lima, assessor jurídico do governador, estava com
um grave caso de câncer e por
isso precisou de R$ 71 mil. A reportagem telefonou inúmeras
vezes para o celular de Lima,
mas ninguém atendeu.
Sobre a ação apresentada pela coligação de José Maranhão
(PMDB), que aponta suspeita
de uso de dinheiro público na
campanha de Cunha Lima por
meio das doações, Mendonça
disse que é "imaginação deles":
"Essas pessoas receberam auxílios para tratamento de saúde. Se eles doaram, e as doações
são ínfimas, isso não significa
que houve desvio de dinheiro
público para a campanha eleitoral".
(CA)
Texto Anterior: Paraíba financiou doadores do governador Próximo Texto: Entrevista: "Uma coisa não tem nada a ver com a outra" Índice
|