São Paulo, quarta-feira, 12 de agosto de 2009 |
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Painel RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br A bolha de Sarney
Duas medidas aparentemente sem ligação uma com
a outra fazem parte da segunda etapa da estratégia de
sobrevivência de José Sarney (PMDB-AP). Foram
proibidas as visitas ao Senado e trocou-se o comando
da área de comunicação. O estopim para as duas providências foi a manifestação de cunho "fora Sarney"
que invadiu o plenário na semana passada. Tô fora 1. Sarney ligou para Michel Temer no domingo pedindo que a Câmara também suspendesse as visitas. Temer disse polidamente que não via razão para tanto. Tô fora 2. Os servidores concursados da área de comunicação discutiam ontem a divulgação de um abaixo-assinado de protesto à nomeação de Fernando César Mesquita. Sob nova direção. Manchete ontem no site do Senado: "Fui atropelado pela luta política", diz Sarney. Em reunião com políticos do Amapá. Script. O acordo costurado pelas facções rivais prevê a abertura de uma única investigação contra Sarney e de outra contra Arthur Virgílio (PSDB-AM). Mais adiante, quando menos gente estiver olhando, as duas seriam arquivadas por falta de provas. Imune. Cristina Kirchner quer porque quer que seu encontro com Lula, depois da reunião de chanceleres marcada para o dia 24, aconteça em Bariloche, cujo movimento turístico, predominantemente de brasileiros, despencou com a gripe suína. Pé no freio. A visita de Alvaro Uribe a Brasília, na semana passada, determinou o tom mais cauteloso de Lula na Unasul quanto à questão das bases norte-americanas na Colômbia. Uribe disse ao colega que, se fosse para levar tudo à mesa, seria necessário discutir como armas compradas pela Venezuela foram parar nas mãos das Farc. Alto risco. No próprio governo, há quem avalie que Dilma Rousseff deveria ter sido menos peremptória na escolha de palavras ao negar ter se encontrado com a então chefe da Receita Lina Vieira, que a acusa de ter pedido para "agilizar" investigação contra empresas da família Sarney. No ar. O Blog do Planalto vai estrear no dia do anúncio do marco regulatório do pré-sal, inicialmente marcado para a próxima quarta-feira, 19. Idas... Em mais um capítulo da agitada novela eleitoral de São Paulo, o prefeito de Campinas, Dr. Hélio (PDT), foi sondado para ser candidato ao governo pelo PMDB de Orestes Quércia, que em tese disputaria vaga no Senado com o apoio do consórcio DEM-PSDB. Dr. Hélio, que não se entende com o pedetista Paulinho da Força, está inclinado a aceitar o convite. ...e vindas. Num capítulo anterior, Dr. Hélio havia sido cortejado para ser o não-petista apoiado pelo PT na corrida estadual. O papel foi depois oferecido a Ciro Gomes (PSB), que agora reafirma a intenção de permanecer no tabuleiro presidencial. Engarrafou. Confusão à vista entre a prefeitura paulistana e as centrais sindicais: apesar da recente proibição, elas prometem usar ônibus fretados para levar manifestantes na sexta à avenida Paulista, onde haverá ato pela redução da jornada de trabalho. Embaixada. O BNDES aprovará nesta semana um financiamento de R$ 6 milhões para restauração de um casarão no porto de Santos onde funcionará o Museu Pelé. O rei visitará o banco na sexta. com VERA MAGALHÃES e SILVIO NAVARRO Tiroteio "É dolorido ver um ex-collorido fustigar a oposição no Senado enquanto o nosso líder fica escondido embaixo da cama." Do deputado ANDRÉ VARGAS (PT-PR), sobre a ausência de Aloizio Mercadante (PT-SP) na já célebre sessão em que Renan Calheiros abriu fogo contra o tucano Arthur Virgílio e outros desafetos. Contraponto O porta-voz
Há pouco mais de uma semana, líderes do PSDB e do
DEM se reuniram com José Serra, no Palácio dos Bandeirantes, para discutir os palanques estaduais de 2010. O
governador começou por pedir aos participantes sigilo sobre o teor da conversa, para evitar especulações. |
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