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Entidades enviam carta a Lula por causa de censura
DA REPORTAGEM LOCAL
A Associação Mundial de
Jornais e o Fórum Mundial de
Editores escreveram carta ao
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva e ao presidente do STF
(Supremo Tribunal Federal),
Gilmar Mendes, para protestar
contra a proibição judicial imposta ao jornal "O Estado de S.
Paulo" em relação a investigação da Polícia Federal que envolve Fernando Sarney.
O texto, assinado pelo presidente da associação (WAN, em
inglês), Gavin O'Reilly, e do fórum (WEF, em inglês), Xavier
Vidal-Folch, ressalta "profunda preocupação". As entidades
lembram que "a medida judicial de proibir as reportagens se
constitui um caso de censura
prévia e é uma clara violação do
direito de livre expressão".
As duas entidades representam 18 mil publicações, 15 mil
sites e mais de 3.000 companhias em 120 países.
Fernando Sarney, filho do
presidente do Senado, José
Sarney (PMDB-AP), é investigado na Operação Boi Barrica
(rebatizada de Faktor), da PF,
que corre sob segredo de Justiça. A proibição foi determinada
pelo desembargador Dácio
Vieira, do Tribunal de Justiça
no Distrito Federal, no dia 31.
Fernando foi indiciado por
formação de quadrilha, gestão
de instituição financeira irregular, lavagem de dinheiro e
falsidade ideológica. Ele nega
as acusações.
As entidades pedem que Lula
e Mendes façam "tudo o que estiver ao alcance" para a decisão
ser anulada e que "seja permitido à imprensa publicar livremente reportagens sobre os assuntos de interesse público".
Lula não se manifestou. Na
última semana, Mendes afirmou que não é possível dizer
que há censura na decisão, por
se tratar de um ato monocrático do juiz ao qual cabe recurso.
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