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Mesa da Câmara quer regra nova para cargos sem concurso
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Mesa da Câmara deseja se
reunir hoje para tentar tornar
mais rígidas as regras dos cargos da Casa preenchidos por indicações políticas. Hoje, há cerca de 2.080 CNEs (Cargos de
Natureza Especial) com controle precário da Câmara sobre
qual função desempenham e
em que locais trabalham.
O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), pretende apresentar uma proposta
que pode reduzir esses cargos e
estabelecer regras como a proibição de que esses funcionários
trabalhem fora do Congresso
ou em gabinete de deputados.
Contratados sem concurso
público e com salário entre R$
1.500 e R$ 8.200, os CNEs assessoram órgãos técnicos da
Casa. Mas vários são deslocados a gabinetes de parlamentares em Brasília ou nos Estados.
Aldo queria vedar a contratação de parentes para esses cargos. As propostas tendem a encontrar forte resistência entre
os próprios outros seis integrantes da Mesa, que possuem
vários cargos CNEs para distribuição entre seus aliados.
Além de registros de CNEs
que recebiam salário sem trabalhar, há denúncias de que alguns deles trabalhariam para
campanhas políticas de deputados. Desde agosto, vários parlamentares exoneraram funcionários devido a um recenseamento iniciado pela Casa.
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