São Paulo, quarta-feira, 12 de setembro de 2007

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Toda Mídia

Nelson de Sá

Façam suas apostas

As manchetes acordaram ontem, "JN" inclusive, para o "destino" de Renan, a ser selado hoje, sem TV. E a blogosfera brasiliense não tem outra pauta além do "cassino", no dizer de Valdo Cruz na Folha Online, sobre "a arte do adivinho, em cada canto da cidade, cada gabinete, cada corredor". As "apostas seguem o desejo" de cada um, com o "Renanzômetro", no dizer de Helena Chagas no iG, apontando PT "rachado", segundo Ricardo Noblat no Globo Online, e oposição idem. Até mãe de santo se ofereceu ao presidente do Senado, em "inferno astral", ele que aniversaria esta semana. Na "contagem regressiva", Lauro Jardim, na Veja On-line, ironizou o "muro largo", com dúzias de senadores -e registrou a avaliação de sempre de José Dirceu, de que "tudo depende da pressão da mídia".

LULA E OS REIS
Lula "almoçou com reis na Suécia e fez visita de cortesia ao parlamento", em agenda "trivial" -ele que não queria falar de Renan, segundo o blog de Jardim. Só de etanol, até assinou artigo de meia página, em sueco, no principal jornal financeiro. Louvou o "carro verde", pela tradução do monitoramento da BBC.

MAIS CANA
Na dianteira da busca de Brasil nos sites de notícias, como Yahoo News, texto da Bloomberg destaca a projeção do IBGE de alta na produção de cana-de-açúcar no Brasil -assim como de milho e, em grau menor, de outros grãos como soja e café. O aumento para a cana -o etanol- seria superior ao antes projetado.

Jack Chang/miamiherald.com
"Selva é queimada para abrir terra" para a soja

MAIS QUEIMADA
O IPS, a tradicional agência engajada, vem produzindo uma série sobre os riscos da agricultura, cana em especial, para a Amazônia e o Cerrado. O "Miami Herald", também, ontem inclusive, sobre a soja. Ambos sublinham, no entanto, a busca de "desenvolvimento sustentável" e os esforços de Marina Silva, a ministra.
Já a OCDE, o chamado "clube dos ricos", ontem da agência Reuters ao "Le Figaro", avaliou que "a pressão por biocombustíveis está criando tensões que abalam os mercados sem gerar benefícios ambientais significativos".

ENTRE EUA E A BOLÍVIA
Uma entrevista do diretor internacional da Petrobras, que é apoiado por Renan Calheiros e estaria com o cargo em risco, ecoou mundo afora, da "Gazeta Mercantil" até o site do "Wall Street Journal" e agências. Anunciou que a estatal brasileira vai investir mais nos EUA; que ainda não saiu acordo com a PdVSA para investir num projeto de gás na Venezuela; e que um "pólo gás-químico" previsto para a Bolívia agora vai para outra parte, talvez o Peru.
Já o ministro boliviano dos "hidrocarbonos" garantiu que a Petrobras vai, sim, investir milhões em seu país.

DE VOLTA À RIBALTA
De Thompson até a Prensa Latina, ecoa nova descoberta da Petrobras, em Campos.
E o Relatório Reservado diz que, após Henri Reichstul no etanol e David Zylbersztajn no gás da Vale, agora é Joel Rennó, outro ex de FHC, quem volta "à ribalta" -com a Total, atrás de novos campos.

A GUERRA DAS TELES
No site Infobae e outros, a agência argentina Telám deu que a comissão de defesa da concorrência do país entrou, com o Brasil, na análise dos efeitos da compra da Telecom Itália pela Telefônica. Antes de mais nada, os argentinos querem saber se a operação já teria sido completada, de fato.

BRICS, DAS ARMAS AO ESPAÇO
O "Observer" noticiou que "a maior feira mundial de armas", que abriu ontem em Londres, "está ainda maior, com empresas de Brasil, Índia, Rússia". E o "Figaro" deu que a Europa, França em especial, já distante dos EUA no "uso militar do espaço", "pode ser ultrapassada em dez anos pelos novos atores, China, Brasil, sobretudo a Índia".

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@ - Nelson de Sá


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