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INVESTIGAÇÃO
Tarso diz que lei permite que delegado compre informação
MARCELO NINIO
DE GENEBRA
O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse que o uso de
um ex-agente do SNI (antigo
Serviço Nacional de Informações) na Operação Satiagraha não é necessariamente
motivo para desqualificar o
processo. Ele afirmou que só
a investigação da PF poderá
determinar se a contratação
foi legal, mas que o ato em si
não é proibido.
O delegado Protógenes
Queiroz, que comandava a
Satiagraha, disse ter contratado Francisco Ambrósio do
Nascimento, agente aposentado. A revelação levou a defesa de Daniel Dantas a questionar a legalidade da operação, além de despertar críticas de juízes e advogados.
Tarso lembrou, entretanto, que a lei não impede a
compra de informações. "Essa questão está sendo investigada pela Polícia Federal, o
tipo de relação que foi estabelecido pelo delegado que
presidiu o inquérito com
uma pessoa de fora", disse o
ministro à Folha, em Genebra. "Mas há a possibilidade
de que qualquer delegado
compre informação."
Ele disse que não tem como avaliar as condições em
que a contratação do agente
aposentado do SNI ocorreu.
Sobre as críticas da Associação Brasileira de Magistrados à decisão de encarregar o controle das escutas telefônicas ao Conselho Nacional de Justiça, Tarso disse
que não emitiria opinião
porque seria uma "interferência indevida".
Ele está na Suíça para participar da Conferência de
Exame da Declaração de Genebra sobre Violência Armada e Desenvolvimento.
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