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Terror prejudica eleição, diz Marco Aurélio
ROBERTO COSSO
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro Marco Aurélio de
Mello, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), disse ontem à Folha que "é preciso afastar
o terrorismo financeiro das eleições", em referência indireta à declaração de José Serra (PSDB), segundo a qual o Brasil poderá se
transformar em uma Venezuela
se o PT vencer as eleições.
A declaração de Marco Aurélio
foi feita no início da noite de ontem, pouco antes de ele participar
da posse da nova diretoria da Associação Paulista do Ministério
Público, no salão nobre da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo).
O presidente do STF disse que
ainda antes do primeiro turno havia defendido que o melhor para o
país seria que as eleições fossem
resolvidas em 6 de outubro. "Não
foi uma defesa de um ou outro
candidato, mas seria a possibilidade de afastar o terrorismo financeiro de uma vez por todas."
Marco Aurélio disse que os dois
candidatos que disputam o segundo turno das eleições presidenciais, Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) e José Serra (PSDB), conhecem muito bem os problemas do
Brasil e nenhum deles levará o
país a uma situação semelhante à
da Venezuela ou da Argentina.
"Não se pode comparar o Brasil
com nenhum outro país. Quem
faz isso, faz terrorismo", afirmou
Marco Aurélio.
Sobre o fato de o dólar ter sido
negociado por até R$ 4 nesta semana, o presidente do STF disse
que os especuladores vão se dar
mal. "Não quero crer que estejam
fazendo isso [a elevação do dólar"
propositadamente. Mas se estiverem, será um tiro no pé. Porque
alguns poucos estão ganhando e o
país inteiro está perdendo", afirmou o ministro Marco Aurélio.
O presidente do STF disse confiar na escolha do futuro presidente da República. "A escolha do
povo brasileiro será sábia", disse.
Ele também elogiou a atuação
do Ministério Público em todo
país e deu ênfase ao combate à
corrupção feito pelos promotores
que aplicam a Lei de Improbidade
Administrativa.
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