UOL

São Paulo, domingo, 12 de outubro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

OUTRO LADO

Para Nilmário, ONU não quer interferir no país

TIAGO ORNAGHI
DA AGÊNCIA FOLHA, EM TERESINA

O secretário especial de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, disse que a ONU (Organização das Nações Unidas) não quer "interferir" no Judiciário brasileiro e elogiou a relatora do órgão para execuções sumárias, Asma Jahangir, que encerrou na quarta-feira sua visita ao país.
Ele comentou a carta divulgada ontem pelos 27 presidentes de Tribunais de Justiça do Brasil, em Porto Alegre (RS), em que a sugestão de uma inspeção internacional no Judiciário brasileiro -feita por Jahangir- é classificada de "autêntica violação da soberania nacional".
Miranda comparou a atuação de Jahangir à do brasileiro Sérgio Vieira de Mello -representante especial da ONU no Iraque, que morreu em um atentado realizado em 19 de agosto.

Aplaudido
"Ele sempre foi aplaudido por suas ações em outros países", disse ontem o ministro, que participou da Segunda Conferência Internacional de Direitos Humanos, em Teresina (PI).
Segundo Miranda, "a ONU não é um poder soberano que vem interferir no Judiciário brasileiro, e sim um órgão multilateral que está cumprindo seu papel".
Ele disse ainda que a visita de relatora da ONU "ajudou a mostrar a realidade intolerável de violência e execuções".
"Essa visita é importante para que possamos enfrentar e vencer tudo isso. Uma realidade que algumas pessoas, fascistas, chamam de limpeza social", afirmou Miranda.



Texto Anterior: Choque entre poderes: Para TJs, idéia de inspeção é "humilhante"
Próximo Texto: Rio: Garotinho diz que fará exames e pede "orações"
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.