São Paulo, quinta-feira, 12 de outubro de 2006

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Governo critica proposta de corte radical

DA AGÊNCIA FOLHA

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, ironizou ontem o economista Yoshiaki Nakano, que defende corte da dívida pública dos atuais 50% do PIB para 30%, em dez anos, e corte das despesas previstas no orçamento -já de 2007- em 3% do PIB. Bernardo disse que o corte de 3% do PIB no orçamento do próximo ano exigiria ""acabar" com três ministérios da área social (Saúde, Educação e Desenvolvimento Social).
Demian Fiocca, presidente do BNDES engrossou o coro de que o corte cogitado por Nakano teria impacto na área social. "Se [Nakano] está dizendo que vai cortar 3% do PIB, que no ano que vem será de R$ 2,2 trilhões, significa mais ou menos o seguinte: o governo vai ter que acabar com o Ministério da Saúde, o Ministério da Educação e provavelmente terá que acabar com o Ministério do Desenvolvimento Social, porque como é que o governo vai fazer? É acabar e não fazer nada nessas áreas", disse Bernardo.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, criticou a meta de manter a inflação entre 2% e 4% ao ano: "Ou vai aumentar a inflação ou não vai dar para cumprir".


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