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Acusado diz ter disponibilizado sigilos à polícia
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
O empresário Abel Pereira, investigado por suposto envolvimento com a
máfia dos sanguessugas
durante a gestão do ex-ministro da Saúde Barjas Negri (PSDB), disse que pôs
seus sigilos bancário e fiscal à disposição da Polícia
Federal e do Ministério
Público Federal.
Abel foi acusado pelos
Vedoin, donos da Planam,
de cobrar propina para
agir na liberação de recursos da Saúde com Barjas
Negri. Ambos negam. Hoje prefeito de Piracicaba,
Barjas diz que não conhece os Vedoin e que Abel
não tinha autorização para
falar em seu nome.
Anteontem, a Justiça
Federal de Mato Grosso
determinou, a pedido da
Procuradoria, a quebra de
sigilos do empresário.
Segundo um dos advogados de Abel, este já havia
disponibilizado seus sigilos mesmo antes da decisão da Justiça. Para comprovar isso, o advogado
apresentou um documento protocolado na manhã
de anteontem na PF em
Piracicaba, com cópia ao
Ministério Público Federal e à PF de Mato Grosso,
no qual Abel coloca à disposição seus sigilos.
Gestão Barjas
A Polícia Civil de Piracicaba investiga supostas irregularidades em licitações de obras públicas durante a gestão de Barjas,
eleito em 2004. A polícia
apura se empresas de Abel
estão entre as favorecidas.
Empresas da família de
Abel venceram licitações
para executar obras na
gestão de Barjas. Além disso, quatro empresas da família doaram um total de
R$ 60 mil para a campanha eleitoral do tucano a
prefeito, em 2004.
O advogado de Abel disse que as empresas que estão em nome dele não executam obras para a prefeitura há mais de seis anos.
Barjas Negri foi procurado pela Folha para comentar o inquérito, mas
não se pronunciou.
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