DA REPORTAGEM LOCAL

A conciliação judicial foi escolhida pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) como um dos principais instrumentos para dar fim aos processos antigos nos tribunais.
Em um mutirão em meados de setembro, mais de 10 mil ações foram encerradas após a celebração de acordos entre partes nas Justiças Estaduais, do Trabalho e Federal, em todo o país.
Uma das beneficiadas foi a comerciante Márcia Prado Martins, 43, que há mais de oito anos processava a operadora de cartão de crédito Unicard, alegando que a empresa havia cobrado dela juros extorsivos. Em 18 de setembro, ela fechou um acordo que reduziu sua dívida de R$ 2,5 mil para R$ 850.
"A angústia do "resolve, não resolve" desses anos todos acabou de maneira fácil e rápida na conciliação", disse.
A representante da Unicard, Alessandra Vicente, 21, comemorou o acordo. "Os processos geram muitos gastos para a empresa. Quanto mais rápido eles forem resolvidos, menor o custo", disse.
Para o juiz Roberto Maia Filho, responsável pelo setor de conciliação cível do fórum João Mendes, em São Paulo, é positivo chamar a atenção para os processos mais antigos. "Às vezes, o processo mais novo é mais fininho, é mais fácil, e o juiz passa na frente, e o mais velho, mais complicado, fica para trás."


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