São Paulo, domingo, 12 de novembro de 2000

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SÃO PAULO
Instituição estuda financiar projeto de transparência na prefeitura
Bird quer programa anticorrupção

JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Banco Mundial (Bird) está disposto a financiar um programa de combate à corrupção na Prefeitura de São Paulo, assunto que poderá entrar na agenda que Marta Suplicy cumprirá a partir de amanhã em Washington.
A proposta do organismo internacional foi objeto de discussão entre a prefeita eleita e dois dirigentes da Transparência Brasil, o empresário Eduardo Capobianco e o advogado Rubens Naves.
A organização não-governamental foi criada em abril último como seção brasileira da Transparência Internacional, com sede em Berlim e hoje implantada em cerca de 80 países. Seu objetivo é estimular políticas que levem a relações mais transparentes entre a sociedade e os governantes.
Capobianco, Naves e mais dois conselheiros da TB, Neissan Monadjem e Bruno Speck, estiveram na primeira semana de outubro em Washington. Convidados para um encontro com uma das dirigentes do WBI (Instituto Banco Mundial), Maria Gonzales de Asis, foram informados da existência de um programa piloto de combate à corrupção na América Latina, implantado na cidade venezuelana de Campo Elias. O banco pretende financiar uma nova experiência semelhante, mas desta vez numa cidade bem maior.
O WBI, que nasceu da fusão do Instituto de Desenvolvimento Econômico com o Centro de Aprendizado e Liderança, dois órgãos do Banco Mundial, não adiantou quanto estaria disposto a gastar em São Paulo. Sua presença no Brasil é modesta.
Mas Maria Gonzales de Asis adiantou aos dirigentes da Transparência Brasil que poderia financiar, a fundo perdido, uma pesquisa sobre os pontos mais nevrálgicos da administração paulistana e em seguida custear a discussão de um código de conduta do servidor e a implantação do treinamento de funcionários e instalação de auditorias.
A Transparência Brasil só poderia entrar no circuito com o aval da própria prefeitura e com o acordo do governo brasileiro, o que seus dirigentes acreditam ser mera formalidade.


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