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PESQUISA
Pepebista teria 25% e senador petista, 21%; margem de erro é de 2 pontos
Maluf e Suplicy empatam para governador do Estado
CLÓVIS ROSSI
DO CONSELHO EDITORIAL
Os dois mesmíssimos sobrenomes (Suplicy e Maluf) que disputaram o segundo turno da eleição
para a prefeitura paulistana estariam no turno final se a eleição para o governo do Estado de São
Paulo tivesse se realizado na quarta-feira passada.
É o que mostra pesquisa do Datafolha feita naquela data com
1.843 eleitores. A única mudança:
o prenome de Suplicy seria
Eduardo (do senador Eduardo
Suplicy, do PT), em vez de Marta,
sua mulher, afinal eleita prefeita.
O adversário não mudaria de
nomes ou sobrenome: seria Paulo
Salim Maluf (PPB).
Maluf teria 25% das intenções
de voto contra 21% de Suplicy, no
limite extremo da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos em
cada candidatura.
O que significa que Suplicy poderia ter entre 17% e 23%, empatando, nesta última hipótese, com
o mínimo de Maluf, cujo máximo
seria 27%. Há um segundo cenário em que a diferença entre os
dois cai para três pontos percentuais (25% a 22%).
O Datafolha ofereceu aos pesquisados quatro cenários, em que
se mantiveram constantes os candidatos do PPB (Maluf), do PFL
(o senador Romeu Tuma), do
PSB (a deputada federal Luiza
Erundina) e do PMDB (o deputado federal Michel Temer).
Só variaram os nomes do PSDB
e do PT. Quando o deputado federal José Genoino substitui Suplicy como candidato do PT, o resultado é substancialmente inferior. Genoino fica com 6%, em
um dos cenários, e com 7% no outro. Já os candidatos do PSDB, o
vice-governador Geraldo Alckmin e o ministro José Serra (Saúde), têm desempenho similar.
Quando é Genoino, e não Suplicy, o candidato do PT, Alckmin
e Serra alcançam os mesmos 18%,
claro que em dois cenários diferentes. Quando entra Suplicy, os
dois tucanos caem: Alckmin teria
14% e, Serra, 13%.
Tuma e Erundina ficam, em todos os quatro cenários pesquisados, em situação de empate técnico entre eles. Quando é Genoino o
candidato do PT, ficam perto do
empate estatístico ou até o alcançam também com o segundo colocado (Alckmin ou Serra).
Já Michel Temer é, de todos, o
de desempenho mais negativo:
oscila entre 2% e 3%.
É evidente que o resultado da
pesquisa está impregnado pelo
que os especialistas chamam de
"recall", ou seja, a lembrança de
um nome que esteve ou ainda está
muito presente na mídia.
É o caso de quatro dos candidatos (Maluf, Alckmin, Erundina e
Tuma), que acabam de disputar a
eleição municipal paulistana. O
senador Eduardo Suplicy também teve certa exposição à mídia,
como marido de Marta.
Já o ministro José Serra e os deputados José Genoino e Michel
Temer foram os que menos apareceram no noticiário no período
mais recente, dominado pelas
eleições municipais.
Talvez isso explique o fato, por
exemplo, de Genoino, em um dos
cenários, ter menos votos do que
Maluf mesmo entre eleitores que
se dizem simpatizantes do PT.
Entre os simpatizantes do
PSDB, Alckmin e Serra alcançam
idênticas porcentagens de intenção de voto, com vantagem para
Serra apenas na margem de erro.
Apoios no partido serão importantes na hora de definir qual dos
dois será o candidato, se não surgir um terceiro nome e se Serra
não for candidato à Presidência
da República. É óbvio que, faltando pouco menos de dois anos para a votação e sem que haja candidatos definidos, a pesquisa é apenas indicativa.
Demonstra-o o baixíssimo índice de eleitores que apontam um
candidato quando a pesquisa é espontânea (sem a exibição dos nomes dos candidatos). Nessa situação, 73% dos consultados dizem
que não sabem (65%) ou que não
votarão em ninguém (8%).
Maluf lidera também na espontânea (9%), mas o segundo colocado é o governador Mário Covas
(4%), que não pode disputar uma
segunda reeleição.
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