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BANESTADO
Senador se defende de acusação de crime contra o sistema financeiro
Suassuna liga caso a pressão do PMDB
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O senador Ney Suassuna
(PMDB-PB) relacionou ontem a
acusação contra ele de crime contra o sistema financeiro à pressão
que parte do PMDB está fazendo
para deixar o governo, que culminou com a convocação de uma
convenção, para o dia 12 de dezembro, em Brasília, para decidir
se o partido entrega os cargos.
De acordo com o jornal "Correio Braziliense" de ontem, o senador movimentou entre 1998 a
2003 pelo menos US$ 3 milhões
em sua conta particular Key West,
no Delta Bank de Miami. A movimentação, segundo a reportagem,
teria sido feita por meio de uma
rede clandestina de doleiros.
A fonte da reportagem é uma
pasta de documentos entregues à
assessoria do relator da CPI do
Banestado, deputado José Mentor
(PT-SP), pelo procurador distrital
de Nova York, Robert Morgenthal. Os documentos estariam
guardados em uma sala-cofre no
subsolo do Senado.
Mentor foi acusado diversas vezes pela oposição de utilizar a CPI
como instrumento político, agindo em nome de setores do governo que estariam montando um
banco de dados contra adversários. A mesma acusação é feita pelo PT contra o presidente da comissão, senador Antero Paes de
Barros (PSDB). Ambos negam.
"Eu me surpreendi quando vi
no jornal a manchete "PMDB
pressiona Lula" e, logo abaixo, "Os
dólares ocultos do senador". Não
existe jabuti em cima de árvore na
política. Com certeza algo aconteceu. Há uma correlação entre os
dois temas", disse Suassuna, um
dos vice-líderes do governo.
Suassuna questionou o montante de dinheiro citado. Segundo
ele, foi sacada e depositada várias
vezes a mesma quantia, mas que a
soma não dá US$ 3 milhões porque é o mesmo dinheiro. Ele disse
ainda que é dono do colégio Anglo-Americano, no Rio, e que há
pais que pagam a mensalidade de
48 países diferentes para a conta.
(FK)
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