São Paulo, segunda-feira, 12 de novembro de 2007

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Engenheiro troca multinacional por emprego público

FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

O sonho da estabilidade de emprego no serviço público levou o engenheiro mecânico César Rego Ambrósio, 31, a abrir mão, no início do ano, de quatro anos de trabalho em uma metalúrgica multinacional para se dedicar aos concursos públicos. Dos quatro exames que realizou desde então, foi aprovado em dois, entre eles no da Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco). Até agora, porém, ninguém o chamou.
Ambrósio é o 66º colocado na lista de espera da Chesf para o cargo de engenheiro mecânico em Recife (PE), onde mora. Ele diz que, ao se inscrever, sabia que o objeto do concurso era a formação de um cadastro de reserva. Mas afirmou que se assustou ao ver o resultado no "Diário Oficial" da União. "Tinha tanta página, tanto nome, que foi difícil achar o meu."
O engenheiro diz, entretanto, ter esperança de ser convocado, pois considera sua colocação "boa". Sua expectativa é de que as vagas apareçam com a aposentadoria dos servidores antigos e a eventual implantação de um plano de demissão voluntária pela estatal.
Ambrósio diz que não se arrepende da decisão de deixar o emprego para buscar uma vaga no serviço público. "Foi uma coisa pensada", afirmou. No último ano na iniciativa privada, o engenheiro juntou dinheiro para se manter durante o período de transição. Seu plano é assumir a vaga de escrivão da Polícia Civil de Pernambuco, que conquistou em outro concurso, enquanto espera pela convocação da Chesf.


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