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Imagem motivou as inscrições, afirma diretor
DA REPORTAGEM LOCAL
"Atribuo o grande número de
inscrições à credibilidade da
Chesf na região Nordeste", diz
Carlos Eduardo Brito, 54, chefe-de-gabinete da diretoria de
Administração da estatal. Para
ele, a imagem da Chesf motivou
o interesse pelo concurso.
"Nenhuma empresa privada
no Brasil fez um concurso tão
grande. Foi um risco que nós
suportamos e tivemos sucesso.
A Consulplan consolidou o seu
nome", diz Elder Dala Paula
Abreu, 44, diretor-geral da empresa. Contratante e contratado concordam que o grande número de inscritos se deveu ao
baixo valor da inscrição. "Muita
gente pode ter decidido participar por causa disso. Inegavelmente, não podemos deixar de
reconhecer que a quantidade
de inscritos nos surpreendeu",
diz Brito. "Tecnicamente, tínhamos a expectativa de um
número menor de inscritos".
Ele diz que a validade do concurso anterior havia vencido.
"A estatal precisa sempre ter
um cadastro de reserva. As
grandes empresas fazem assim,
a Petrobras, o Banco do Brasil.
Não é algo fora de moda", diz.
"Quando fizemos a licitação,
muitas empresas concorreram.
O preço ficou pequeno. Não limitamos as inscrições". Brito
admite que uma das estratégias
da empresa contratada pode
ter sido aumentar o número de
inscritos para compensar o
preço baixo da inscrição. A
Consulplan não concorda.
"Provamos que se consegue
fazer um concurso com esse
preço. Criamos um paradigma.
Esse concurso nos mostrou
uma lição: há condições de trabalhar com taxas acessíveis aos
concurseiros", diz Abreu. "Não
fizemos o concurso para arrecadar dinheiro. Tínhamos interesse em consolidar o nome no
mercado. Foi um risco muito
grande. O concurso foi homologado. Seria um escândalo se tivesse dado errado".
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