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Secretário de Benedita é cotado para o BNDES
ÉRICA FRAGA
GUILHERME BARROS
DA REPORTAGEM LOCAL
Renê Garcia, 42, atual secretário
estadual de Controle do Rio de Janeiro, é um dos nomes mais cotados para assumir a presidência do
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no governo Lula.
Garcia cuida do Orçamento do
Estado do Rio desde que Benedita
da Silva assumiu o governo em
abril deste ano, depois que Anthony Garotinho renunciou ao
cargo para concorrer à Presidência da República.
Economista, com PHD na FGV
(Fundação Getúlio Vargas) do
Rio, Garcia tem bom trânsito na
cúpula petista. Sua atuação no governo de Benedita da Silva tem sido elogiado pelo mercado e por
integrantes do PT.
Procurado pela Folha ontem,
Garcia não confirmou nem desmentiu a possibilidade de assumir um cargo no próximo governo. Mas, segundo a Folha apurou,
o economista é nome certo na
equipe de Lula e terá provavelmente a presidência do BNDES
como destino. Segundo economistas, a indicação faz sentido.
Consultor do BC
Além de ser admirado dentro
do PT, Garcia sempre esteve bastante próximo da equipe econômica de Fernando Henrique Cardoso e tem bom trânsito entre
economistas respeitados do mercado.
Antes de ser convidado por Benedita para assumir a secretaria
de Controle, ele havia atuado como consultor do Banco Central,
do Ministério da Fazenda e da
BM&F. Já foi diretor da CVM
(Comissão de Valores Mobiliários). É amigo de Sérgio Werlang,
atual diretor do banco Itaú, e de
Carlos Ivan Simonsen Leal, presidente da FGV-Rio.
Além de atuar como pesquisador do Ibre-FGV e professor do
programa de pós-graduação da
instituição, Garcia também dá aulas no Ibmec. Tem orgulho de
contar que foi aluno de Mário
Henrique Simonsen.
A maior bandeira defendida por
Garcia nos últimos anos é a necessidade de se estimular a poupança
doméstica no Brasil, por meio de
medidas de incentivo ao crescimento do mercado de capitais.
O economista sempre defendeu, por exemplo, a importância
de se estimular o mercado de debêntures (títulos de dívida de empresas que podem ou não ser convertidos em ações).
Garcia -que, além de ser pesquisador e professor da FGV, já
foi membro do conselho fiscal de
várias companhias abertas-
sempre criticou também o alto
custo das transações no mercado
de capitais.
Novo rumo
O BNDES deverá ter uma importância estratégica grande no
futuro governo Lula. A intenção é
que o banco de fomento seja peça
estratégica no programa de estímulo às exportações. A tendência
é que o escopo de atuação do
BNDES seja mais direcionado para empresas nacionais.
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