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PT admite abrir mão de presidir a Câmara em nome da coalizão
ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente interino do PT,
Marco Aurélio Garcia, defendeu ontem que o partido dê
mais espaço aos aliados na coalizão de Luiz Inácio Lula da Silva. Entre outros sinais, Garcia
declarou que a aposta em Arlindo Chinaglia (PT-SP) para a
presidência da Câmara não significa "uma tese inamovível".
O presidente do PT voltou a
dizer que a candidatura é "pra
valer", mas ressalvou que ela
está submetida à avaliação dos
aliados. "Nós queremos ter um
único nome. Isso ficou claro
desde o momento em que foi
lançada a candidatura do deputado Chinaglia. É um nome para valer, mas um nome a ser
submetido à coalizão" disse.
"Acredito que ele [Chinaglia]
possa ser presidente, mas isso
não é uma tese inamovível."
Garcia participou ontem de
encontro com bancadas estaduais do partido. Segundo ele,
um governo de coalizão não se
faz só em torno de idéias, mas
também "de interesses".
"É claro que nós não queremos ser ingênuos e achar que o
governo de coalizão será feito
somente em torno de idéias.
Ela se faz em torno de interesses. As idéias, às vezes, são mais
fáceis de se discutir do que acomodar os interesses", disse ele.
Amanhã, Lula se reúne com
as oito siglas que apoiarão o segundo mandado. Além de PT e
PMDB, devem participar PP,
PR (fusão do PL e Prona), PSB,
PC do B, PRB e PV.
"Fica, Aldo"
Aliados do atual presidente
da Câmara, Aldo Rebelo (PC do
B-SP), se articulam para lançar
nesta semana o movimento "fica, Aldo", em defesa de sua candidatura à reeleição. A idéia é
fazer um jantar de apoio a Aldo
até o Natal, com o lançamento
oficial da candidatura. Oposicionistas e governistas integram o grupo de apoio.
A Folha apurou que os aliados do comunista esperam que,
na primeira reunião do conselho político com Lula, marcada
para amanhã, o debate sobre a
presidência da Câmara seja
destravado oficialmente.
Ontem à noite, em São Paulo,
Aldo disse que "ainda" não é
candidato à reeleição.
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