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Auditoria de 2003 apontou problemas
DO ENVIADO A NATAL
A investigação do Ministério Público de Natal começou em 2004. No ano
anterior, na gestão da governadora adversária de
Garibaldi Alves, Wilma de
Faria (PSB), uma auditoria da Secretaria de Defesa
Social havia detectado
problemas na contratação,
pela secretaria, da Funcern (Fundação de Apoio à
Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do Rio
Grande do Norte), uma
instituição de direito privado e sem fins lucrativos
fundada em 1998.
O contrato era de R$ 1,6
milhão e tinha por objetivo implantar um serviço
de monitoramento de carros da polícia e comunicação móvel de dados. A fundação foi contratada sem
licitação em 2 de outubro,
no final da campanha eleitoral. A primeira parcela,
de R$ 889 mil, foi liberada
dois dias depois. No mesmo dia, a Funcern transferiu R$ 751 mil para a Microtec Sistemas, a fornecedora dos equipamentos.
A auditoria concluiu que
o material custou, ao todo,
R$ 750 mil, mas os repasses à Microtec somaram
R$ 1,38 milhão. O dinheiro
foi depositado nas contas
de um produtor, um redator, operadores de câmera
e de áudio, locutores e até
de uma maquiadora. O então coordenador de informática da secretaria recebeu R$ 38 mil da Microtec.
Ele deu um parecer favorável à contratação da
Funcern sem licitação.
Os laços entre João Santana e Garibaldi são antigos. O marqueteiro participou de empresas que
mantiveram contratos
com as duas gestões de Garibaldi (1995-2002). Na
primeira gestão, Santana
integrava um consórcio
com a empresa RAF, de
um primo de Garibaldi,
que abocanhou cerca de
65% da verba publicitária
do período, estimada em
R$ 12 milhões anuais.
Há um mês, o senador
foi ao casamento da filha
de Santana, em Salvador.
Segundo notas publicadas
pela imprensa desde novembro, Santana tem feito
lobby em favor de Garibaldi no Senado.
(RV)
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