DA REPORTAGEM LOCAL

O governo de São Paulo abriu os cofres -destinando pelo menos R$ 210 milhões ao atendimento de deputados- para garantir a aprovação, até o dia 18, de projetos de seu interesse na Assembléia Legislativa. O acordo, que contempla o PT, aumenta de R$ 2 milhões para R$ 3 milhões a cota de emendas individuais a que os 94 deputados têm direito.
Avalista do acordo, o secretário Aloysio Nunes Ferreira (Casa Civil) afirma que as emendas dão capilaridade às ações do governo. Só isso representará um gasto de R$ 94 milhões. O governo se comprometeu ainda a pagar, até março, R$ 80 milhões em emendas deste ano que não foram liberadas.
O governo fechou um acordo com a oposição, estendendo esse tratamento ao PT e ao PSOL. "O acordo é para todos", justificou o líder do governo, Barros Munhoz (PSDB).
Não é só: uma cota de R$ 40 milhões será distribuída entre as prefeituras petistas. "Para não serem discriminadas, as prefeituras do PT têm um montante", declarou o líder do PT, Roberto Felício.
Costurado entre Barros e Felício, o acordo foi sacramentado em uma reunião com Nunes Ferreira e os petistas Antônio Mentor e Ênio Tatto.
Em troca, os petistas se comprometem a não obstruir a votação de um pacote de projetos valioso para o governo do Estado -que inclui a venda da Nossa Caixa. (CS)


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