São Paulo, sábado, 12 de dezembro de 1998

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PAINEL

Prêmio de consolação

O senador Élcio Álvares (PFL), líder do governo no Senado que perdeu a reeleição no Espírito Santo, recebeu uma boa recompensa: será o diretor-executivo do Sebrae, segundo o Planalto.
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Porção malvadeza

Integrante da Academia Baiana de Letras há 15 anos, ACM decidiu abandonar a instituição. O pefelista alega ter ficado revoltado com a entrada de um jornalista e seu desafeto na entidade.
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Tensão nos pampas

Não foi só a ala moderada do PT que ficou contrariada com o secretariado de Olívio Dutra (RS). Brizola acha que o PDT, que o apoiou no 2º turno, só recebeu pastas inexpressivas. E ameaça até com uma retaliação de Garotinho ao PT no Rio.
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Baixo astral

Interlocutores de Quércia têm dito que ele está sem disposição para a política e que até abriu a possibilidade de não participar do processo de renovação dos diretórios regionais do PMDB em março. Mas lembram que em 94, após ficar atrás de Enéas, o desânimo dele era o mesmo.
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Guerra jurídica

A Fenafisco conseguiu liminar suspendendo concurso ontem para fiscais de ICMS no RS. A prova fora contratada sem licitação pela Secretaria da Fazenda.
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Agenda

Semana que vem, chega a Brasília o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica, Mohamed al Baraddai. Além de visitar Angra 1 e Angra 2, fará palestra no Itamaraty sobre acordos entre países na área nuclear.
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TIROTEIO

Do deputado federal Sérgio Carneiro (PDT-BA), sobre FHC ter dito que "não há nenhuma cláusula'" no acordo com o FMI que leve o país a tomar "decisões que não sejam as suas":
- Não tem porque não precisa. A submissão do país chegou a tal ponto que isso é dispensável. Daqui a pouco, o FMI não vai nem precisar dizer o que fazer. Nossos burocratas adivinharão.


CONTRAPONTO

Mais carola que o rei

Na quarta, o deputado federal Severino Cavalcanti (PPB-PE), ligado à ala mais conservadora da Igreja Católica, fazia um discurso inflamado contra a possibilidade de os hospitais públicos fazerem o aborto legal (previsto em lei, como em caso de gravidez fruto de estupro ou que coloque a vida da mãe em risco).
Enquanto Severino invocava todos os argumentos possíveis para criticar o projeto que dava eficácia ao aborto legal, o pefelista Lael Varella (MG) chegou perto do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), que conduzia a sessão, e falou:
- Você sabia que o papa está muito preocupado.
Desconfiando da brincadeira, o presidente da Câmara resolveu dar corda e perguntou por quê. Varella respondeu, provocando risadas nos presentes:
- É que, com esse discurso do Severino, João Paulo 2º está com medo de perder o lugar. O homem fala mais em Deus do que o papa.



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