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São Paulo, quinta-feira, 13 de fevereiro de 2003

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Após vetar CPI, Planalto quer se "descolar" de ACM

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Apesar de ter colocado o freio na CPI do grampo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já deu a ministros e a líderes no Congresso ordem de se descolar do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), principal suspeito de ter planejado a escuta ilegal de adversários políticos na Bahia.
Em reuniões ontem e anteontem, o presidente foi claro com auxiliares que relataram à Folha a determinação. Lula disse que seu governo não protegerá ACM.
A opção por não incentivar a CPI tem mais a ver com o temor de contaminar o ambiente político na reabertura do Congresso, especialmente na hora em que Lula quer aprovar reformas de seu interesse, do que com eventual ajuda a ACM, um neoaliado do PT federal.
Motivo: para Lula, ainda não há prova concreta contra ACM, mas, pelos informes que recebeu de políticos baianos e da PF, a situação do pefelista tende a se complicar. Para o governo, é questão de tempo a PF achar ligação concreta entre ACM e o "Bahiagate" -expressão cunhada no governo para a investigação dos grampos a adversários de ACM.
O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, negou ontem que o governo tenha interferido para abafar CPI.
(KENNEDY ALENCAR)


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