São Paulo, segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006

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OUTRO LADO

Construtora e STJ não comentam processo e obra

DA REPORTAGEM LOCAL

A Construtora OAS Ltda., procurada pela Folha duas vezes, na semana passada, não atendeu aos pedidos para comentar a ação civil pública de ressarcimento. A assessoria da empresa foi informada do tema da reportagem. O STJ não forneceu informações sobre custos e contratos para a construção dos dois novos prédios.
Em entrevista à Folha em janeiro de 2005, o ministro Edson Vidigal disse que pretendia instalar o Conselho de Justiça Federal no último andar do prédio, pavimento ocupado pelo restaurante privativo dos ministros, churrasqueira e área de ginástica. Vidigal disse que, após a mudança para a nova sede, "os gabinetes reservados para futuros ministros foram ocupados em razão da demanda de processos".
"O tempo demonstrou que não seria bom um tribunal com 60 ministros. Deixaria de ser uma Corte para ser uma assembléia legislativa", disse Vidigal, na ocasião.
A assessoria do STJ informa que o novo restaurante estava previsto no projeto original de Niemeyer. E que o tribunal ganhou mais de 5.700 m2, "apenas adequando espaços que não vinham sendo bem utilizados". Com a liberação de áreas internas, cada ministro ganhou espaço extra de 50 m2.
Em álbum editado pelo STJ, financiado pela Souza Cruz, Niemeyer afirma que, "se o bloco destinado aos futuros ministros foi agora construído [no início das obras], é porque, deixando-se para depois, seria mais difícil realizá-lo e, sem dúvida, muito mais dispendioso".
"O problema da economia sempre esteve presente nos contatos que mantivemos com os dirigentes do STJ", afirmou o arquiteto. FV


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