São Paulo, quarta-feira, 13 de março de 2002

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PAINEL

Saída Incor
O PFL tenta convencer Roseana Sarney a retirar sua candidatura sob alegação de problemas de saúde. Seria, supostamente, uma "saída honrosa" para a governadora, que, em queda livre nas pesquisas, diria não ter condições físicas para enfrentar uma campanha nacional.

Demora prejudicial
Após analisar ontem as novas pesquisas, o PFL passou a defender que Roseana renuncie ainda nesta semana à sua candidatura. Quanto mais demorar, menor será o poder de reação da sigla.

Abalo emocional
Roseana tem alternado impulsos de raiva com momentos de depressão. Mas recusa-se a acreditar que a sua candidatura tenha ido para o buraco.

Crença na moeda
Virou motivo de piada entre os aliados de Serra a apreensão de R$ 1,34 mi na empresa de Roseana. Os tucanos dizem que a pefelista deu a maior demonstração de crença no real. Explicação: ninguém deixa muito dinheiro fora de um banco. A não ser que seja em dólar.

Síndrome de Lunus
Silvio Santos está em dúvida. Gostaria de disputar a eleição presidencial, como lhe sugeriu o PFL. Mas teme ser bombardeado por acusações, principalmente no processo sobre supostas irregularidades na Telesena.

Só o começo
Projetos financiados pela Sudene no Maranhão também estão na linha de tiro do Ministério Público. Foram criados anteontem dois grupos de investigação com três procuradores federais cada: um para a Sudam, outro para a Sudene. O MA recebia recursos dos dois órgãos.

Oposição light
O PFL fez barulho para dizer que deixou o governo federal, mas manteve um pupilo em um posto estratégico. Airson Lócio continua no comando da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco.

Tudo ou nada
Aécio Neves (PSDB) deve colocar a prorrogação da CPMF em votação hoje na Câmara, mesmo sem acordo de líderes. Os deputados do PFL já receberam um recado: quem votar contra perderá todos os seus cargos nos Estados, que não foram mexidos por FHC.

Longa espera
O Planalto avalia que, se não houver votação hoje ou amanhã, a CPMF só poderá ser analisada em três semanas. Na próxima, uma medida provisória sobre o setor elétrico travará a pauta. Na seguinte, o plenário estará esvaziado devido ao feriado da Semana Santa.

Quarta tentativa
Depois das prévias de domingo, o PT lançará o slogan de sua campanha presidencial: "Dê uma chance ao Lula".

Mesmo teto
O deputado Luiz Antônio de Medeiros (PL-SP) tenta levar a Força Sindical, hoje com Ciro Gomes (PPS-CE), a apoiar Lula e o PT na eleição presidencial. A CUT está adorando.

Nada feito
A direção do PL decidiu que, se a decisão do TSE de verticalizar as coligações não for derrubada, o partido não apoiará formalmente Lula na eleição.

Ilusão parlamentar
Um grupo de deputados entregará hoje aos presidentes dos partidos de oposição (PT, PDT, PSB, PC do B, PPS, PL e PCB) manifesto pedindo a união das siglas na eleição. O grupo diz que é preciso aproveitar a atual "fragilidade" dos governistas.

Suprapartidário
O manifesto dos deputados oposicionistas foi assinado pelos deputados Luiza Erundina (PSB-SP), Rubens Bueno (PPS-PR), Waldir Pires (PT-BA), Virgílio Guimarães (PT-MG), Vivaldo Barbosa (PDT-RJ), Haroldo Lima (PC do B-BA) e Marcelo Barbieri (PMDB-SP).

TIROTEIO

Do deputado Ricardo Berzoini (PT), sobre a possibilidade de o BNDES participar de uma operação financeira de até R$ 1 bi para capitalizar a Globo Cabo (maior empresa de TV por assinatura do Brasil), controlada pelas Organizações Globo:
- Pelo jeito, o "S" do BNDES é o "S" de Serra.

CONTRAPONTO

Voz de prisão

Roberto Requião (PMDB-PR) participou ontem em Fortaleza (CE) de uma reunião de parlamentares do Mercosul. Tema: projetos de financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) na região.
A reunião correu paralelamente ao evento principal, que atraiu vários governantes. Mais de 3.000 policiais foram mobilizados pelo governo do Estado para dar segurança aos participantes.
Assim que pegou a bagagem para deixar a área de desembarque do aeroporto, o senador peemedebista foi parado, com todos os outros passageiros, por agentes da Polícia Federal. Eles queriam ver seus documentos de identidade. O senador, que não se identificou ao policial como tal, falou alto:
- Eu não mostro documento algum. E, se insistir, vou pedir a sua prisão!
O senador foi liberado no ato.



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