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Até palhaço, de
terno, vai à
Câmara acusar
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A onda de acusações que
atingiu o Senado anteontem,
quando governistas e oposição ameaçavam instalar
CPIs uns contra os outros,
contagiou de certa forma a
Câmara. No final da tarde,
um homem se apresentou a
jornalistas com uma pasta
com um punhado de papéis:
"Boa tarde, sou o palhaço
Plimplim. Tenho uma denúncia para vocês".
Sem nenhum dos acessórios circenses que o nome
evoca -ele usava terno-,
Plimplim despejou sobre a
mesa um texto de sua autoria em que acusa supostos
privilégios na distribuição
de verbas de incentivo ao
circo. Citou nomes de circos
que teriam sido beneficiados
e apontou trechos onde isto
estaria explícito e saiu rapidamente.
O texto redigido por José
Carlos Santos Silva (seu verdadeiro nome) pedia ainda
ajuda para a realização de
um censo do circo e para a
compra de sete pneus para a
sua "residência móvel".
O diretor da Escola Nacional de Circo do Ministério
da Cultura, Carlos Cavalcanti, negou irregularidades na
distribuição de verbas e disse que Plimplim foi um dos
dos interessados no Prêmio
Funarte de Incentivo ao Circo de 2003.
(RANIER BRAGON)
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