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FHC defende
mudança no
sistema eleitoral
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso (PSDB)
defendeu ontem um novo
sistema eleitoral para o país:
o voto distrital. Como cidade-teste, o tucano elegeu São
Paulo e disse que a mudança
deveria ser aplicada em
2008, quando serão eleitos
os próximos vereadores.
Hoje, o sistema é o proporcional. O eleitor vota num
nome ou na legenda e as vagas do Legislativo são distribuídas na proporção dos votos de cada sigla. No distrital
puro, a cidade é dividida em
distritos que têm o poder de
eleger um representante.
A manutenção do atual sistema, diz FHC, traz o "risco
de desmoronamento das instituições republicanas". Ele
citou a Venezuela, cujo sistema "já vinha apodrecendo há
algum tempo e deu origem a
regimes tirânicos, demagógicos ou populistas".
Para FHC, que participou
de um evento sobre voto distrital na Associação Comercial de São Paulo, a mudança
é crucial. "Hoje o eleitor está
tão longe do candidato que
nem se lembra em quem votou. Com o voto distrital, ele
poderia seguir de perto os
passos do representante."
E os demais temas da reforma política, como fidelidade partidária e financiamento de campanha? Não dá
para fazer tudo de uma só
vez, diz. "É preciso ter foco.
Uma vez modificado o sistema, essas questões seriam
induzidas mais facilmente."
O presidente do PD (ex-PFL), Jorge Bornhausen,
concorda com o voto distrital, mas se declarou cético
sobre uma eventual mudança na gestão do presidente
Lula. O deputado Miro Teixeira (PDT) disse que o atual
sistema garante a participação democrática de todos.
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