São Paulo, terça-feira, 13 de março de 2007

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FHC defende mudança no sistema eleitoral

LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) defendeu ontem um novo sistema eleitoral para o país: o voto distrital. Como cidade-teste, o tucano elegeu São Paulo e disse que a mudança deveria ser aplicada em 2008, quando serão eleitos os próximos vereadores.
Hoje, o sistema é o proporcional. O eleitor vota num nome ou na legenda e as vagas do Legislativo são distribuídas na proporção dos votos de cada sigla. No distrital puro, a cidade é dividida em distritos que têm o poder de eleger um representante.
A manutenção do atual sistema, diz FHC, traz o "risco de desmoronamento das instituições republicanas". Ele citou a Venezuela, cujo sistema "já vinha apodrecendo há algum tempo e deu origem a regimes tirânicos, demagógicos ou populistas".
Para FHC, que participou de um evento sobre voto distrital na Associação Comercial de São Paulo, a mudança é crucial. "Hoje o eleitor está tão longe do candidato que nem se lembra em quem votou. Com o voto distrital, ele poderia seguir de perto os passos do representante."
E os demais temas da reforma política, como fidelidade partidária e financiamento de campanha? Não dá para fazer tudo de uma só vez, diz. "É preciso ter foco. Uma vez modificado o sistema, essas questões seriam induzidas mais facilmente."
O presidente do PD (ex-PFL), Jorge Bornhausen, concorda com o voto distrital, mas se declarou cético sobre uma eventual mudança na gestão do presidente Lula. O deputado Miro Teixeira (PDT) disse que o atual sistema garante a participação democrática de todos.


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