São Paulo, terça-feira, 13 de março de 2007

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Movimentos protestam contra transposição do rio São Francisco

Cerca de 400 pessoas acampam em Brasília e pedem ao governo novo diálogo

Lula Marques/Folha Imagem
Representantes de movimentos sociais acampados ao lado de torre de TV em Brasília, ontem


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Cerca de 400 representantes de movimentos sociais estão acampados em Brasília desde a madrugada de ontem. Eles reivindicam a retomada do diálogo com o governo, a revitalização do rio São Francisco e o arquivamento do projeto de transposição.
Para o sociólogo Ruben Siqueira, um dos articuladores do protesto, o projeto de transposição é "nefasto, mentiroso e contra os interesses nacionais". Ele alegou que, com a transposição, o preço da água vai ficar mais alto, prejudicando, assim, a população.
O conselheiro da Comissão Pastoral da Terra dom Tomás Balduino explicou que a alternativa seria a substituição do projeto por um estudo realizado pela ANA (Agência Nacional de Águas).
Esse estudo, chamado de "Atlas do Nordeste", pretende atender os nove Estados da região. No entanto, o diretor-presidente da ANA, José Machado, afirmou que os dois projetos são "complementares, e não antagônicos".
Caso as reivindicações não sejam atendidas, os manifestantes vindos do vale do Rio São Francisco e do entorno do Distrito Federal, pretendem continuar em Brasília. Até o fim da semana, cerca de 600 pessoas devem passar pelo acampamento, segundo a assessoria dos movimentos.


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