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Movimentos protestam contra transposição do rio São Francisco
Cerca de 400 pessoas acampam em Brasília e pedem ao governo novo diálogo
Lula Marques/Folha Imagem
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Representantes de movimentos sociais acampados ao lado de torre de TV em Brasília, ontem |
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Cerca de 400 representantes
de movimentos sociais estão
acampados em Brasília desde a
madrugada de ontem. Eles reivindicam a retomada do diálogo com o governo, a revitalização do rio São Francisco e o arquivamento do projeto de
transposição.
Para o sociólogo Ruben Siqueira, um dos articuladores do
protesto, o projeto de transposição é "nefasto, mentiroso e
contra os interesses nacionais".
Ele alegou que, com a transposição, o preço da água vai ficar
mais alto, prejudicando, assim,
a população.
O conselheiro da Comissão
Pastoral da Terra dom Tomás
Balduino explicou que a alternativa seria a substituição do
projeto por um estudo realizado pela ANA (Agência Nacional
de Águas).
Esse estudo, chamado de
"Atlas do Nordeste", pretende
atender os nove Estados da região. No entanto, o diretor-presidente da ANA, José Machado,
afirmou que os dois projetos
são "complementares, e não
antagônicos".
Caso as reivindicações não
sejam atendidas, os manifestantes vindos do vale do Rio
São Francisco e do entorno do
Distrito Federal, pretendem
continuar em Brasília. Até o
fim da semana, cerca de 600
pessoas devem passar pelo
acampamento, segundo a assessoria dos movimentos.
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