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Ministro teve embate com PF e procuradores
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Natural de Diamantino
(MT), o ministro do STF
Gilmar Ferreira Mendes,
52, tomou atitudes hostis
ao Ministério Público sobretudo porque, em muitos momentos, defendeu
redução do poder de investigação de procuradores. Mendes é um defensor
do foro privilegiado para
autoridades, inclusive para as acusadas de improbidade administrativa.
O ministro tornou-se
procurador da República
em 1985, mas licenciou-se
para assumir cargos executivos a partir de 1990.
No governo de Fernando
Henrique Cardoso, ele foi
subchefe para assuntos jurídicos da Casa Civil e advogado-geral da União até
ser indicado pelo tucano
para o Supremo, em 2002.
Em 2007, Mendes entrou em choque com a PF,
chamando de "canalhice"
a atuação dos policiais na
Operação Navalha após o
vazamento de informações que tramitavam sob
segredo de Justiça e acusando a corporação de
usar métodos "fascistas".
Ainda em 2007, travou
um bate-boca com o ministro Joaquim Barbosa,
que o acusou de querer dar
um "jeitinho" para mudar
o resultado de julgamento
e beneficiar servidores
contratados irregularmente. Mendes disse que
o colega não tinha condições de dar lição de moral.
Hoje, o STF decidirá se
Mendes deve responder a
uma ação de improbidade
administrativa na primeira instância na Justiça Federal ou no próprio Supremo. A ação, movida por
procuradores da República, trata da suposta contratação irregular de servidores públicos pela AGU e
da suposta omissão do órgão em prestar esclarecimentos na gestão de Mendes como advogado-geral.
Mendes fez graduação
em direito e mestrado na
UnB e doutorado em Universidade de Munster, na
Alemanha. Ele também é
professor de direito constitucional na UnB.
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