São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 2008

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Ministro teve embate com PF e procuradores

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Natural de Diamantino (MT), o ministro do STF Gilmar Ferreira Mendes, 52, tomou atitudes hostis ao Ministério Público sobretudo porque, em muitos momentos, defendeu redução do poder de investigação de procuradores. Mendes é um defensor do foro privilegiado para autoridades, inclusive para as acusadas de improbidade administrativa.
O ministro tornou-se procurador da República em 1985, mas licenciou-se para assumir cargos executivos a partir de 1990. No governo de Fernando Henrique Cardoso, ele foi subchefe para assuntos jurídicos da Casa Civil e advogado-geral da União até ser indicado pelo tucano para o Supremo, em 2002.
Em 2007, Mendes entrou em choque com a PF, chamando de "canalhice" a atuação dos policiais na Operação Navalha após o vazamento de informações que tramitavam sob segredo de Justiça e acusando a corporação de usar métodos "fascistas".
Ainda em 2007, travou um bate-boca com o ministro Joaquim Barbosa, que o acusou de querer dar um "jeitinho" para mudar o resultado de julgamento e beneficiar servidores contratados irregularmente. Mendes disse que o colega não tinha condições de dar lição de moral.
Hoje, o STF decidirá se Mendes deve responder a uma ação de improbidade administrativa na primeira instância na Justiça Federal ou no próprio Supremo. A ação, movida por procuradores da República, trata da suposta contratação irregular de servidores públicos pela AGU e da suposta omissão do órgão em prestar esclarecimentos na gestão de Mendes como advogado-geral.
Mendes fez graduação em direito e mestrado na UnB e doutorado em Universidade de Munster, na Alemanha. Ele também é professor de direito constitucional na UnB.


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