UOL

São Paulo, domingo, 13 de abril de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Lula cativa por humildade e simpatia

Datafolha mostra que 91% apontam presidente como humilde e 88% como simpático; menores taxas são para inteligência e ação de democrata

PLÍNIO FRAGA
DA REPORTAGEM LOCAL

Humildade e simpatia são os maiores atributos da imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, revela o Datafolha. Dos entrevistados, 91% afirmam que ele é humilde -contra 6% que o apontam como orgulhoso-, e 88%, simpático -com 8% classificando-o como antipático.
Aos 102 dias de governo e com 43% da população avaliando-o como ótimo ou bom administrador, o presidente sai com uma percepção positiva nos nove pontos que o levantamento propõe.
É visto como sincero (81%), decidido (76%) moderno (74%), muito trabalhador (70%), mais respeitador dos pobres (70%), muito inteligente (69%) e democrático (64%).
Em comparação com pesquisa de junho de 1998, quando Lula era candidato a presidente, cresceu 31 pontos o percentual dos que o definem como simpático, 28 pontos os que o vêem como sincero, 27 pontos os que afirmam que trabalha muito e 26 pontos os que o classificam como humilde.
Àquela época, Lula era visto como humilde (65%), mais respeitador dos pobres (61%), decidido (58%) simpático (57%), sincero (53%), muito inteligente (51%), moderno (51%) e muito trabalhador (43%). Saía com uma imagem majoritariamente positiva dos oito atributos listados.
Em setembro de 1999, quando Fernando Henrique Cardoso exercia o primeiro ano de seu segundo mandato, o Datafolha propôs a mesma avaliação para o então presidente.
FHC aparecia como mais respeitador dos ricos (78%), muito inteligente (67%), pouco trabalhador (64%), falso (62%), orgulhoso (59%), indeciso (56%), moderno (54%), simpático para 46% e antipático para outros 46% e democrático (44%).
Ou seja, de nove atributos, apareciam cinco como negativos (mais respeitador dos ricos, pouco trabalhador, falso, orgulhoso e indeciso) e um caso de empate (simpático/antipático).
Desgastado por cinco anos no poder e ainda vivendo os meses posteriores à divulgação de grampos sobre a privatização da Telebrás, FHC havia atingido naquele setembro de 1999 sua mais alta taxa de reprovação, com 56% dos entrevistados classificando sua administração como ruim ou péssima e 13% como ótima ou boa.


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Janio de Freitas: O avesso da vitória
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.