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Audiência com ministro foi
tumultuada
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Numa prévia do que pode
ocorrer em seu depoimento da
semana que vem, o ministro
Márcio Thomaz Bastos (Justiça) passou por momentos tumultuados ontem na Câmara.
A presença de ex-perseguidos do regime militar (1964-1985) que reivindicam indenizações foi confirmada apenas
na última hora. Bastos, a figura
mais aguardada pelos manifestantes, avisou que ficaria pouco
tempo por problemas de agenda. Foi repreendido pelo deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP): "O ministro está aqui como convocado, só pode sair a
hora que for dispensado".
Aplausos do plenário e um
momento de constrangimento
se seguiram, até que o presidente da sessão, Coronel Alves
(PL-AP), afirmou que o ministro ficaria "bastante" tempo.
Ansiosos por inquirir Bastos,
os ex-perseguidos se exasperaram quando a palavra passou
para o presidente da Comissão
de Anistia, Marcelo Lavenére,
que iniciou uma apresentação
com projetor de imagens.
Não durou nem cinco minutos o silêncio. "Não vou aceitar
isso, não. Não vim aqui para
ver slides", gritava Rosa dos
Santos, filha de um preso político. Os seguranças entraram
em ação. Começou uma troca
de empurrões e palavrões entre
seguranças e membros da platéia. Com a situação mais calma, Bastos aceitou ficar mais
um pouco. Mas logo saiu, deixando Lavenére com a tarefa
de domar o plenário.
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