São Paulo, quinta-feira, 13 de abril de 2006

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Audiência com ministro foi tumultuada

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Numa prévia do que pode ocorrer em seu depoimento da semana que vem, o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) passou por momentos tumultuados ontem na Câmara.
A presença de ex-perseguidos do regime militar (1964-1985) que reivindicam indenizações foi confirmada apenas na última hora. Bastos, a figura mais aguardada pelos manifestantes, avisou que ficaria pouco tempo por problemas de agenda. Foi repreendido pelo deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP): "O ministro está aqui como convocado, só pode sair a hora que for dispensado".
Aplausos do plenário e um momento de constrangimento se seguiram, até que o presidente da sessão, Coronel Alves (PL-AP), afirmou que o ministro ficaria "bastante" tempo. Ansiosos por inquirir Bastos, os ex-perseguidos se exasperaram quando a palavra passou para o presidente da Comissão de Anistia, Marcelo Lavenére, que iniciou uma apresentação com projetor de imagens.
Não durou nem cinco minutos o silêncio. "Não vou aceitar isso, não. Não vim aqui para ver slides", gritava Rosa dos Santos, filha de um preso político. Os seguranças entraram em ação. Começou uma troca de empurrões e palavrões entre seguranças e membros da platéia. Com a situação mais calma, Bastos aceitou ficar mais um pouco. Mas logo saiu, deixando Lavenére com a tarefa de domar o plenário.


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