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Foco
Ameaçado, PR dá início a plano para tentar impedir diminuição da bancada
RANIER BRAGON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ameaçado pela Justiça
Eleitoral e pela Mesa da Câmara de perder deputados e
assessores, o PR (Partido da
República) iniciou nos últimos dias uma contra-ofensiva que incluiu a apresentação
de projetos de lei "preventivos" e a realização de um
"jantar de homenagem" a Arlindo Chinaglia (PT-SP), presidente da Câmara.
Tendo eleito 25 deputados
federais (23 do PL e 2 do Prona), o PR tem hoje 42 deputados, boa parte oriundos de
partidos de oposição que reivindicam os mandatos de volta com base na recente interpretação do Tribunal Superior Eleitoral segundo a qual
o mandato pertence à legenda, não ao político.
O líder da bancada do PR,
Luciano Castro (RR), apresentou dois projetos de lei
que, segundo ele, estimulam a
fidelidade partidária. Na prática, estabelecem mudanças a
partir de janeiro de 2008, sem
efeitos retroativos e, apesar
de coibir em alguns casos a
mudança de legenda, mantêm a brecha para o "troca-troca" entre o resultado das
urnas e a posse dos eleitos.
O jantar foi promovido na
noite de anteontem pelos deputados do PR e recém-filiado governador Blairo Maggi
(MT). Em meio a rodadas de
uísque e vinho tinto chileno,
os deputados sugeriram que
contam com Chinaglia na sua
cruzada. "Tenho certeza de
que o governo não nos deixará na mão", disse Maggi.
Chinaglia responderá na
semana que vem que a Câmara não tem competência para
tratar disso. A oposição deve
então ir ao STF para reaver os
mandatos. O PR também trava uma disputa de bastidores
para engordar seu grupo de
assessores de 55 para 85.
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