São Paulo, domingo, 13 de abril de 2008

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Índia diz que portava bomba em protesto

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PACARAIMA (RR)

No protesto mais violento contra a saída da população não-índia da Raposa/Serra do Sol, manifestantes atacaram com coquetéis molotov o posto da PF em Pacaraima e colocaram um carro com explosivos -que não chegaram a detonar- em frente ao prédio, na segunda passada. Entre os manifestantes, estava Téia Mota, 34, filiada ao DEM, que diz ter usado cinto-bomba e estava disposta a explodi-lo.
A foto de Téia com um lenço cobrindo o rosto e revelando só os olhos verdes foi publicada na Primeira Página da Folha de terça. Só depois ela disse à reportagem que usou por 11 horas um cinturão de dinamite. Auto-declarada índia macuxi, foi secretária de Ação Social de Pacaraima em 2007, quando Paulo César Quartiero (DEM), líder dos rizicultores, era o prefeito. "Era dinamite." Teria coragem de detoná-lo? "Se fosse necessário, sim."
Quartiero nega envolvimento com explosivos e diz que suas manifestações foram pacíficas.
Téia reconhece que o uso de cinto-bomba era uma ameaça típica de terroristas, mas disse que sua intenção era sensibilizar o presidente Lula. Nestas eleições, ela pensa em se lançar vice de Quartiero, caso ele seja candidato a prefeito, ou a vereadora.


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