São Paulo, segunda-feira, 13 de abril de 2009

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Painel

RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br

Mudando de assunto

Atolada na pauta negativa dos abusos no uso da verba indenizatória, a Câmara tenta nesta semana um movimento articulado entre as forças governistas e oposicionistas para votar uma agenda própria de projetos. A ideia combinada a portas fechadas na semana passada é votar a toque de caixa amanhã as oito medidas provisórias que trancam a pauta.
Na quarta, então, entraria em votação um pacote de ações de impacto, como o cadastro positivo de consumidores e projetos na área de segurança. A oposição ainda quer incluir no rol a extinção do pacote previdenciário, da qual o governo não pode nem ouvir falar.




Desagravo. O deputado Moreira Mendes (PPS-RO) defendeu na tribuna da Câmara, na semana passada, a construtora Camargo Corrêa do "verdadeiro massacre" que estaria sofrendo por parte da Polícia Federal. Ele repudiou o vazamento de informações sobre doações a partidos e a decisão da PF de investigar outras obras da empresa.

Parceria. Em julho de 2008, os responsáveis pela construção da usina de Jirau, em Rondônia, estiveram com Mendes para apresentar o projeto. Entre os presentes estavam Marcelo Bisordi, da Camargo Corrêa, que aparece no grampo da Operação Castelo de Areia negociando recursos para políticos, e Guilherme Cunha Costa, lobista da empreiteira investigada.

Empacou. O Ministério da Integração Nacional terá de licitar de novo um trecho no Eixo Norte da transposição do rio São Francisco. A empreiteira que venceu a concorrência desistiu da obra e foi multada. Como o trecho é um dos últimos, a pasta avalia que o cronograma não será afetado.

Dois pratos.... O corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, requisitou dois processos disciplinares do Tribunal de Justiça de São Paulo, diante da demora na apuração de pedido de afastamento de um juiz e de dois servidores. O TJ-SP ainda não comentou a decisão.

...da balança. Enquanto o CNJ vê corporativismo na demora, avalia-se no TJ paulista que o conselho esteja em busca de holofotes. Está na pauta da próxima sessão do Órgão Especial do tribunal nesta quarta-feira, por exemplo, inquérito policial envolvendo um desembargador e processo administrativo disciplinar contra uma magistrada.

Espelho meu. O governador José Roberto Arruda (DEM) baixou o tom da discussão e fez "apelo" para que os professores não entrem em greve por conta do cancelamento dos reajustes salariais. "Não é o momento de discutir aumentos, como, aliás, enfatizou o presidente Lula", diz.

Páreo. O secretário paulistano Andrea Matarazzo pretende disputar vaga de deputado federal em 2010. Tucanos locais antecipam a competição entre o titular das Subprefeituras e o de Esportes, Walter Feldman, para ver quem terá mais votos na capital.

Largada 1. Um ano e meio antes das eleições, o presidente da Câmara e do PMDB, Michel Temer (SP), se abalou até Teresina para lançar o deputado Marcelo Castro candidato ao governo do Piauí.

Largada 2. A ideia da candidatura precoce é pressionar o governador Wellington Dias (PT) a fechar logo a aliança com o partido e barrar a articulação da oposição, que largou na frente nas pesquisas e pode lançar o prefeito da capital, Silvio Mendes, ou o senador João Claudino, ambos tucanos, ao governo.

Flerte. Aliado ao senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), o senador e presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, não descarta o partido apoiar a reeleição de Eduardo Campos se o PT não estiver na aliança e o peemedebista decidir não disputar o governo.

Cartilha. A Universidade Federal de Minas Gerais ganhou concorrência do Ministério das Cidades para tocar projeto do Plano Nacional de Saneamento Básico. O contrato será de R$ 2,6 milhões.

Tiroteio

"A candidatura do Henrique Meirelles é igual a Saci-Pererê: todo mundo já ouviu falar, mas ninguém nunca viu."


Do presidente da CCJ do Senado, DEMÓSTENES TORRES (DEM-GO), sobre as articulações do presidente do Banco Central para se filiar a um partido e disputar o governo ou o Senado por Goiás em 2010.

Contraponto

Auxílio-paletó

O vice-governador Alberto Goldman surpreendeu José Serra ao se apresentar em mangas de camisa para o jantar oferecido à cúpula do DEM, cerca de um mês atrás, no Palácio dos Bandeirantes.
-E o paletó?- brincou o governador.
-Não sabia que era uma reunião assim formal- justificou o vice, encabulado.
Depois de cumprimentar um a um os convidados, Goldman desapareceu. Quando todos começavam a indagar sobre seu paradeiro, surgiu novamente na sala vestindo um blazer emprestado.

com VERA MAGALHÃES e SILVIO NAVARRO


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