DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente nacional do PT, José Genoino, disse que novos nomes não serão levados à Comissão de Ética e Disciplina. "Não há segunda leva. O senador Paulo Paim (RS) e o deputado Lindberg Farias (RJ) vão participar do debate interno sobre as propostas [tributária e previdenciária", expor suas divergências, mas vão aceitar a decisão da maioria."
Paim e Lindberg são contra a tributação dos inativos, entre outros pontos da reforma previdenciária. "Vamos fazer o debate e depois preservar a unidade partidária", disse Genoino.
De acordo com o presidente do PT, o caso mais recente de punição parlamentar foi em 1999, quando o então deputado federal Eduardo Jorge foi suspenso por 60 dias porque recusou votar contra a prorrogação da CPMF.
A senadora Heloísa Helena questionou o que seria um "tratamento diferenciado" às críticas feitas ao governo por nomes como o senador Aloizio Mercadante (SP) e a economista Maria da Conceição Tavares.
"Vou recorrer a todas as instâncias e não deixo o partido", afirmou Heloísa Helena. "Será uma discussão longa", avaliou a deputada federal Luciana Genro (RS).
Para o deputado federal João Fontes (SE), que também tem criticado o governo, haverá, sim, um "segundo tempo". Ele e Babá disseram crer que o governo queira usar os congressistas como exemplo para aprovar as reformas.
A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, que também faz parte da Executiva Nacional do PT e é primeira vice-presidente da legenda, disse que o partido decidiu pela abertura de processo disciplinar depois de os parlamentares "não aceitarem a proposta de acordo".
Valter Pomar, integrante da esquerda do partido, foi um dos que, durante a reunião da Executiva, apresentou uma proposta alternativa, defendendo maior discussão interna. O senador Eduardo Suplicy (SP) esteve na reunião para entregar uma carta a Genoino pedindo que os parlamentares não fossem punidos.


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