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"Se mudei, qual
é o problema?",
pergunta petista
DO ENVIADO ESPECIAL A GOIÂNIA
Houve época em que o ministro José Dirceu (Casa Civil) poderia ser chamado de
"radical do PT", como hoje
são classificados a senadora
Heloísa Helena (AL) e os deputados Babá (PA) e Luciana Genro (RS). Foi na revisão constitucional de 1993,
quando o hoje todo-poderoso chefe da Casa Civil da Presidência divergia das propostas do partido em relação
aos servidores públicos.
Na época, o Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) fez
uma pesquisa sobre a posição dos congressistas em relação à revisão da Carta de
1988. As respostas de Dirceu
foram todas na contramão
do PT. O ministro defendeu
na pesquisa a mesma regra
de aposentadoria para servidores públicos e do setor privado e reajuste igual para
servidores ativos e inativos.
Ele não disse qual era sua
posição sobre a tributação
dos inativos, mas afirma
que, na época, só não falou
mais porque "era falar muito
contra a orientação do PT".
Dirceu diz que não mudou
de opinião. "Se mudei, qual é
o problema?".
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