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Embaixadora dos EUA afirma que expulsão contraria imprensa livre
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
A embaixadora dos Estados
Unidos no Brasil, Donna Hrinak,
afirmou ontem em Porto Alegre
que a expulsão de Larry Rohter,
correspondente do jornal norte-americano "New York Times",
pelo governo brasileiro contraria
a tradição de imprensa livre.
"Não é conforme a tradição de
imprensa livre que temos visto
nos últimos 20 anos de democracia no Brasil", afirmou repetidas
vezes, referindo-se ao episódio e
salientando que "não gostaria de
ir além disso [dessa declaração]".
Hrinak, que esteve em Porto
Alegre para a inauguração de um
"escritório virtual" da embaixada
no Rio Grande do Sul, mostrou
desconforto com o episódio.
"Acho importante lembrar que
o "New York Times" não representa a opinião do governo dos Estados Unidos, e especialmente esse
artigo não representa o ponto de
vista do meu governo. As relações
entre os presidentes Lula e Bush
são muito fluídas. O artigo recebeu quase que uma condenação
universal, e agora a ação do governo está recebendo essa condenação", afirmou Hrinak.
Após a saída da embaixadora,
cerca de 30 manifestantes do PT,
PSTU, PC do B e UNE jogaram
um ovo na bandeira dos EUA,
hasteada ao lado da brasileira em
frente ao Palácio Piratini.
Agenda cancelada
A agenda de ontem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
previa uma audiência com Donna
Hrinak, às 15h30, mas o encontro
foi cancelado pela manhã.
Segundo o Palácio do Planalto e
a Embaixada dos EUA, o cancelamento nada teve a ver com a polêmica relacionada ao cancelamento do visto de Rohter.
A embaixadora havia pedido
audiência a Lula e informado os
dias nos quais estaria disponível.
Segundo a embaixada, o gabinete
de Lula confundiu as datas e marcou a audiência para ontem,
quando ela estava em Porto Alegre para o lançamento do escritório virtual da embaixada.
(LG)
Colaborou a Sucursal de Brasília
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