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AGENDA NEGATIVA
PF decide voltar ao trabalho; governo diz que paralisações são "pontuais e passageiras"
Servidor promete intensificar greve na 2ª
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA SUCURSAL DO RIO
Depois de suspender a greve
por três dias, os policiais federais
decidiram voltar ao trabalho por
tempo indeterminado. Os servidores do Executivo, por sua vez,
afirmam que intensificarão a
greve até segunda-feira, atingindo 60% da categoria.
Ontem, funcionários do Banco
Central paralisaram por 24 horas as suas atividades. Segundo o
órgão, 60% dos 4.000 servidores
aderiram à greve.
"Todos os movimentos têm sido pontuais e passageiros. Estamos caminhando para acordos
setoriais", afirmou ontem o ministro Guido Mantega (Planejamento). A estratégia do governo
é rachar a base grevista.
Na ultima semana, os policiais
federais aprovaram a volta ao
trabalho por três dias, para tentar voltar a negociar com o governo. O prazo acabou anteontem. Em acordo com deputados
que estão intermediando com o
governo federal, os grevistas decidiram suspender por tempo
indeterminado a paralisação.
Os servidores do Executivo,
cerca de 498 mil na ativa, dizem
que, até segunda-feira, 60% dos
funcionários cruzarão os braços.
Segundo o comando de greve,
20% da categoria está parada
Também ontem, cerca de 50
mulheres de militares promoveram uma panfletagem nos corredores da Câmara por reajuste
salarial para as Forças Armadas.
Distribuição de galinhas
Na casa da catadora de papel
Luzinete Maria Braga, 50, vai ter
sopa de galinha até o final da semana. Ela e cada um de seus sete
netos ganharam ontem galinhas
vivas de um grupo de integrantes do Sinpaf (Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário), que, numa manifestação por reajuste salarial, distribuiu 2.000 animais a pessoas que
passavam pela Cinelândia (centro do Rio de Janeiro).
"Isso é um banquete. Nem
sempre conseguimos ter carne
em casa", afirmou Braga, sorrindo e segurando uma galinha.
A entrega de comida pelos sindicalistas da Embrapa (Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária), que ontem convocaram
paralisação de 24 horas, aconteceu em todo o país. Em cada Estado foi escolhido um alimento
típico. Segundo o diretor nacional do Sinpaf, Adoildo Melo, o
sindicato pagou R$ 5.000 pelas
galinhas, adquiridas em uma
granja na zona norte.
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