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Conferência já
é vitória para
igreja da região
DA REPORTAGEM LOCAL
Para boa parte da igreja latino-americana, o simples fato
de haver uma conferência de
bispos da região já é uma vitória. Depois da quarta conferência, em Santo Domingo (República Dominicana), a expectativa da alta hierarquia da Igreja
Católica era a de que encontros
desse tipo não voltassem mais a
ocorrer.
As conferências são uma
criação da igreja da América
Latina e têm grande poder político. Nelas, a igreja local se reúne e escreve um documento
único, final, que dali por diante
serve de orientação para a prática do clero local.
Distinguem-se bastante do
modelo de sínodos regionais,
em que bispos também se reúnem para discutir as questões
da igreja de uma parte do mundo, mas que não escrevem um
texto final, apenas apresentam
conclusões parciais, sugestões
de ação para o papa -não
criam, portanto, "jurisprudência" para a ação dos fiéis e do
clero no mundo.
O padre José Oscar Beozzo,
teólogo e historiador da igreja,
conta que, em 2001, o papa
João Paulo 2º recebeu do Celam (Conselho Episcopal Latino-Americano) um pedido para a realização de nova conferência. Consultou a Cúria Romana ("ministros" no Vaticano), que recomendaram que se
providenciasse um sínodo. Decidiu encaminhar a questão para os cardeais latino-americanos e para as conferências de
bispos de cada país na região
para que "votassem" por um ou
outro. Por ampla maioria, decidiram pela conferência.
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