São Paulo, domingo, 13 de maio de 2007

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Conferência já é vitória para igreja da região

DA REPORTAGEM LOCAL

Para boa parte da igreja latino-americana, o simples fato de haver uma conferência de bispos da região já é uma vitória. Depois da quarta conferência, em Santo Domingo (República Dominicana), a expectativa da alta hierarquia da Igreja Católica era a de que encontros desse tipo não voltassem mais a ocorrer.
As conferências são uma criação da igreja da América Latina e têm grande poder político. Nelas, a igreja local se reúne e escreve um documento único, final, que dali por diante serve de orientação para a prática do clero local.
Distinguem-se bastante do modelo de sínodos regionais, em que bispos também se reúnem para discutir as questões da igreja de uma parte do mundo, mas que não escrevem um texto final, apenas apresentam conclusões parciais, sugestões de ação para o papa -não criam, portanto, "jurisprudência" para a ação dos fiéis e do clero no mundo.
O padre José Oscar Beozzo, teólogo e historiador da igreja, conta que, em 2001, o papa João Paulo 2º recebeu do Celam (Conselho Episcopal Latino-Americano) um pedido para a realização de nova conferência. Consultou a Cúria Romana ("ministros" no Vaticano), que recomendaram que se providenciasse um sínodo. Decidiu encaminhar a questão para os cardeais latino-americanos e para as conferências de bispos de cada país na região para que "votassem" por um ou outro. Por ampla maioria, decidiram pela conferência.


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