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Fiéis chegam de madrugada para ver missa em Aparecida
Grupo de chilenos que também viu o papa em São Paulo foi primeiro a chegar
41 gaúchas de movimento católico se revezam na fila: "Enquanto umas passeiam, outras guardam o lugar", afirma Bruna Boemo, 19
FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM APARECIDA
RAFAEL TARGINO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
No santuário nacional de
Aparecida (167 km de São Paulo), chamava a atenção ontem
algumas bandeiras do Chile
penduradas na grade metálica
que delimita o espaço destinado ao público na missa que o
papa Bento 16 celebra hoje no
local. Foram colocadas ali por
um grupo de 25 fiéis da paróquia de Nossa Senhora de los
Pobres, de Santiago, capital
chilena. Eles foram os primeiros a assegurar lugar na missa.
"Chegamos a Aparecida às 3h
[de ontem] e já viemos direto
para cá", disse Hector Vasquez
Urra, 62, diácono na paróquia.
"Estivemos no estádio do Pacaembu e na missa do Campo
de Marte, em São Paulo. E vamos acompanhar a missa de
amanhã [hoje]. A nossa viagem
pelo Brasil está sendo maravilhosa. E ver o papa mais uma
vez vai ser um privilégio."
Ontem, por volta das 11h e
sob sol forte, o movimento de
romeiros ainda era pequeno no
santuário. Maior, porém, que o
do dia anterior. Assim como os
chilenos, outras 150 pessoas já
guardavam lugar nos espaços
mais próximos ao palco.
Um grupo feminino de 41 jovens de um movimento católico veio do Rio Grande do Sul.
"Estamos fazendo revezamento. Enquanto umas passeiam,
outras guardam o lugar", disse
a universitária Bruna Boemo,
19. "Será uma oportunidade
única a de ver o nosso papa."
Do lado direito da basílica,
uma fila se formava em frente a
um par de detectores de metais.
Eram cerca de 300 pessoas que
esperavam para participar do
terço com o papa, previsto para
começar cinco horas depois, às
16h. A primeira da fila era a professora Celina Capucho Hummel, 55, de Cachoeira Paulista.
"Vai ser moleza. Minha fé em
Deus me dá disposição", disse
sobre a fila que enfrentaria.
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