São Paulo, terça-feira, 13 de maio de 2008

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PR, da base de sustentação do governo federal, oficializa aliança com Kassab

DA REPORTAGEM LOCAL

Integrante da base de sustentação do governo federal, o PR oficializou ontem apoio à candidatura do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), à reeleição. Para obtenção do apoio, Kassab assegurou maior tempo de TV aos candidatos do PR à Câmara Municipal e acenou com a possibilidade de participação no governo.
Presidente municipal do PR, o vereador Toninho Paiva confirmou a disposição de ocupar espaço na prefeitura desde já ao afirmar que, com a saída de tucanos, o partido poderá assumir subprefeituras na capital.
"A participação no governo faz parte do processo democrático. Não entendo por que falam tanto nisso. O governo federal loteou a máquina e ninguém diz nada", afirmou.
O PR conta com cargos em três subprefeituras na cidade.
Após o anúncio, o próprio prefeito disse ser evidente a participação de seus aliados na administração. Mas, segundo ele, essa não foi uma condição para a aliança. "O candidato da aliança tem o compromisso de governar junto com os partidos que estão na aliança. Se for candidato, governarei junto, sim, com os quadros dos democratas, com os quadros do PV, do PR e do PMDB", disse Kassab, já excluindo o PSDB do arco de alianças para a disputa.
Ao discursar, na sede do partido, o presidente da Câmara, Antônio Carlos Rodrigues, disse que levou o "PR a apoiar o prefeito" porque ele assumiu o compromisso de dobrar o tempo de candidatos a vereador.
Em discurso, Rodrigues relatou o acordo fechado com Kassab para composição de chapa conjunta para a Câmara. Com isso, o PR -que teria direito a cerca de 1,5 minuto- contará com cerca de três minutos no programa eleitoral, incluído o tempo destinado ao PMDB.

Mais vereadores
Graças à força das três legendas, Rodrigues calcula que será possível eleger pelo menos oito vereadores, em vez dos quatro originalmente previstos. "Tínhamos no máximo condições de disputar cinco vagas. Conseguimos dobrar nosso horário político. Era o inverso do que os outros partidos queriam. Queriam o nosso horário para o majoritário. O prefeito Kassab autorizou e vamos coligar na eleição proporcional, dobrando o horário nosso. Se nós íamos disputar cinco vagas, vamos disputar quase 20", justificou.
Hoje, Kassab recebe o apoio formal do PV. Diferentemente do PR, os verdes lançarão chapa avulsa para a Câmara. O presidente do partido, Carlos Camacho, não descarta, porém, maior participação no governo a partir de já. Segundo Camacho, o acordo foi de manutenção dos cargos na prefeitura: uma secretaria e duas subprefeituras. "Se, eventualmente, o prefeito venha contar com nosso concurso, estamos prontos para o que der e vier", disse.
A costura já alimenta disputa de espaço entre aliados. Peemedebistas reclamam da falta de cargos. "A tensão existe. Mas temos explicado que o PR e o PV já tinham cargo no governo. O PMDB, não", admitiu o presidente municipal do partido, Bebeto Haddad.


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