São Paulo, terça-feira, 13 de maio de 2008

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Meu nome foi usado, afirma Valdir Raupp

DA REPORTAGEM LOCAL

O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) diz que a citação de seu sobrenome em um documento que a Polícia Federal acredita ser a partilha de propina da Eletronorte pode ser obra de um assessor querendo mostrar mais prestígio do que realmente tinha. O peemedebista afirma que não foi investigado pela PF por conta dessa menção ao seu nome.
Os papéis citam os nomes da Alstom e da Odebrechet, integrantes do consórcio que fez a usina de Tucuruí, e de diretores da Eletronorte ao lado de um valor (cerca de R$ 2 milhões).
O documento foi apreendido em maio de 2006 na casa de José Roberto Paquier, à época chefe de gabinete do senador.
Paquier foi preso pela PF, sob suspeita de integrar um grupo que oferecia vantagens a empresas que tinham negócios com Itaipu e a Eletronorte. Raupp demitiu-o após a prisão.
"O meu nome foi usado. É até possível que o Beto [Paquier] possa ter usado o meu nome para vender influência", afirma o líder do PMDB no Senado.
Segundo Raupp, ele nunca teve qualquer tipo de relação executivos da Alstom.
O senador confirma que indicou um dos diretores da Eletronorte, Hércio José Ramos Brandão, citado na suposta contabilidade da propina -ele ocupava a diretoria de gestão corporativa em 2006. "Quando [Hércio] teve problema, autorizei imediatamente a demissão dele". Hércio diz que nunca foi investigado pela PF.
O senador afirma que pede para que seus assessores não tenham contato com lobistas e empresas.
"Fui relator do Orçamento e sei da pressão que existe", conta o congressista.


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