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Meu nome foi usado, afirma Valdir Raupp
DA REPORTAGEM LOCAL
O senador Valdir Raupp
(PMDB-RO) diz que a citação de seu sobrenome em
um documento que a Polícia
Federal acredita ser a partilha de propina da Eletronorte pode ser obra de um assessor querendo mostrar mais
prestígio do que realmente
tinha. O peemedebista afirma que não foi investigado
pela PF por conta dessa
menção ao seu nome.
Os papéis citam os nomes
da Alstom e da Odebrechet,
integrantes do consórcio que
fez a usina de Tucuruí, e de
diretores da Eletronorte ao
lado de um valor (cerca de R$
2 milhões).
O documento foi apreendido em maio de 2006 na casa de José Roberto Paquier, à
época chefe de gabinete do
senador.
Paquier foi preso pela PF,
sob suspeita de integrar um
grupo que oferecia vantagens a empresas que tinham
negócios com Itaipu e a Eletronorte. Raupp demitiu-o
após a prisão.
"O meu nome foi usado. É
até possível que o Beto [Paquier] possa ter usado o meu
nome para vender influência", afirma o líder do PMDB
no Senado.
Segundo Raupp, ele nunca
teve qualquer tipo de relação
executivos da Alstom.
O senador confirma que
indicou um dos diretores da
Eletronorte, Hércio José Ramos Brandão, citado na suposta contabilidade da propina -ele ocupava a diretoria de gestão corporativa em
2006. "Quando [Hércio] teve
problema, autorizei imediatamente a demissão dele".
Hércio diz que nunca foi investigado pela PF.
O senador afirma que pede
para que seus assessores não
tenham contato com lobistas
e empresas.
"Fui relator do Orçamento
e sei da pressão que existe",
conta o congressista.
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