São Paulo, quarta-feira, 13 de maio de 2009

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

Em recessão, mas...

Na manchete da Reuters Brasil, fechando o dia, "Brasil entrou em recessão, mas já se recupera". Nas palavras do ministro do Desenvolvimento, "pelos números, a recessão técnica já aconteceu, mas nossa recessão é muito mais branda do que em alguns países, que estão em situação muito mais difícil".
Já na Folha Online, sem a conjunção adversativa, "Bancos preveem retração do PIB". Segundo pesquisa com 31 instituições, "a economia brasileira deve sofrer retração de -0,01%" neste ano.

JUROS CAEM E CAEM
UOL e o portal estatal Agência Brasil priorizaram nas manchetes, ao longo do dia, que os "Juros ao consumidor são os menores em um ano" ou "Juros de empréstimos caem pelo terceiro mês consecutivo".
A queda, segundo avaliação da entidade dos executivos de finanças que levantou os números, se deve à redução dos juros básicos pelo Banco Central e à "certeza que o mercado financeiro tem de que vai continuar reduzindo".

POUPANÇA 2010
Também destaque on-line, com despacho da agência estatal, devem sair hoje as "mudanças na poupança".
O "coordenador das discussões", Bernard Appy, questionado quanto a um impasse no governo sobre sua proposta de reduzir o imposto de fundos, respondeu que "é besteira". A proposta surgiu após campanha publicitária da oposição que comparou a alternativa anterior de cortar o rendimento da poupança ao confisco de Collor.



A APOSTA CHINESA

Na manchete do "Financial Times" no meio do dia, "fundos chineses" compram a participação do Bank of America num banco e ajudam sua capitalização. À noite, demanda cresce e "China ajuda a elevar" o preço de commodities como metais.
Por outro lado, o mesmo "FT" deu como as "exportações chinesas caem fortemente" e questionou a aparente recuperação do país. Contra a avaliação dos "líderes chineses" de que a crise será rápida, o jornal cita o Morgan Stanley, que critica o país por apostar em recuperação da demanda dos EUA e global.



UM E OUTRO CLINTON
No topo das buscas de Brasil no Yahoo News, ontem, o anúncio de que a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, deve visitar Brasília no fim do mês, "sinal de maior atenção dos EUA à maior economia da América Latina". Uma semana depois, seu marido, Bill Clinton, fala em São Paulo sobre etanol.

E VALENZUELA
De Washington, na mesma direção, agências como AFP e Efe noticiaram a escolha de Arturo Valenzuela, de origem chilena e ex-assessor de Bill Clinton, para "liderar a diplomacia para a América Latina no Departamento de Estado". A organização Inter-American Dialogue saudou seus "grandes contatos".

youtube.com/user/MREBRASIL
CANAL AMORIM
AFP e Efe também noticiam que o Itamaraty abriu canal no YouTube para "acompanhar tendência contemporânea em informação". A página traz vídeos de Celso Amorim em "encontros com autoridades", "entrevistas"

RESPONDE O CHANCELER

Em seu relato da entrevista coletiva de ontem do chanceler Celso Amorim, que encara críticas em várias frentes, a Reuters destacou que ele negou sua candidatura para chefiar a Agência Internacional de Energia Atômica, informando apoiar a África do Sul.
E justificou o voto do Itamaraty para um egípcio na chefia da Unesco -e não para o brasileiro apoiado pelo ex-chanceler Celso Lafer- por conta da "política de aproximação com o mundo árabe".



SOB OS EFEITOS

O "Jornal Nacional" abriu com cenas das enchentes no Nordeste, mas não voltou à discussão das causas, iniciada um dia antes no "Café com o Presidente". Como ecoava nas buscas de Brasil ontem, para Lula, chuva e seca "apontam para a mudança no clima".
E no post "Não dá mais para esperar", no Terra, Marina Silva destacou que não são "acidentes": "Já vivemos sob os efeitos das mudanças do clima".

Antonio Cruz/ABr/terramagazine.terra.com.br
Do Terra à BBC, a imagem da Agência Brasil para as chuvas



O PREÇO
O governo Nicholas Sarkozy prometeu socorro financeiro à imprensa francesa. Mas o "Le Monde" informa que, em troca, ele agora cobra a aceitação pelos jornais de um "código de ética".

GOOGLE, NÃO
Um diretor do "New York Times" disse à Reuters que a "Fortune" errou ao dizer que ele teria proposto a compra de parte do jornal pelo Google. A cobertura de mídia mal registrou a correção.


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