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Mantega critica política econômica dos tucanos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Guido Mantega
(Fazenda) criticou ontem a
gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e negou que o atual governo tenha
dado continuidade à política
econômica do PSDB.
Habitualmente comedido
nas comparações entre o atual
desempenho da economia brasileira e o alcançado em governos anteriores, Mantega mudou de postura em evento da
diretoria nacional da Central
Única dos Trabalhadores.
"É incorreto dizer que este
governo continuou uma política econômica que já existia.
Houve uma mudança muito
grande. Este governo passou a
priorizar o crescimento mais
forte da economia, e o Estado
passou a impulsionar este crescimento", disse o ministro.
Programas sociais
Segundo Mantega, a gestão
anterior "achava que o mercado podia resolver tudo". Segundo ele, outra diferença fundamental entre os governos do PT
e do PSDB está na administração dos programas sociais.
"Todo governo tem programas sociais. Mas há diferenças
entre programinhas e programões. Todo mundo pode dar
água, leite, farinha. Outra coisa
é fazer um programa social organizado que leve a população a
ter melhores condições", acrescentou Mantega.
Além disso, o ministro destacou as obras de infraestrutura
tocadas pelo governo Lula e
ironizou o investimento no setor na administração anterior.
"Em 2001, em termos de infraestrutura, o país estava depauperado. Durante muito
tempo não se investiu no país,
tanto que naquele ano tivemos
um apagão", declarou.
No mesmo evento, o ex-ministro José Dirceu afirmou que
FHC está com ciúmes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Ele está numa fase de ciúme
com o Lula. E dizem que ciúme
de homem com homem é a pior
coisa que existe", disse Dirceu.
O tucano falou recentemente
que a escolha de Dilma não foi
unânime no partido, e sim fruto de "dedaço" do presidente
Lula. Dirceu rebateu a crítica,
dizendo que a amargura de
FHC é não ter indicado nenhum candidato, já que a rejeição ao seu governo é alta.
"É uma crítica irrelevante. A
candidatura de Dilma teve
apoio unânime do PT. E o PT
não é um partido que você diz o
que ele deve fazer. Se ela recebeu o apoio do PT, é porque ela
tem história política", afirmou
o ex-ministro da Casa Civil.
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