São Paulo, quarta, 13 de maio de 1998

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CPMF pode ser permanente

da Sucursal do Rio

O presidente do Banco Central, Gustavo Franco, defendeu ontem a transformação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) em um tributo permanente.
De acordo com ele, o governo deve também rever a vinculação do imposto à área de saúde. "Alguma coisa precisará ser ajustada. A vinculação não resolverá os problemas do setor e talvez crie problemas para outros", disse.
Provocado a falar sobre os estudos que o governo está fazendo para incluir a permanência da CPMF na reforma tributária, Franco disse que "todo mundo quer que o governo gaste dinheiro em coisas meritórias, mas só é possível gastar em coisas meritórias no limite da arrecadação".
Mais adiante, foi mais claro: "A CPMF tem seus defeitos, mas tem também seus benefícios, e eu não sou pessoalmente contrário".
A CPMF foi criada em janeiro de 97, após insistente campanha do então ministro da Saúde, Adib Jatene. O argumento usado foi que a sua arrecadação temporária, fixada inicialmente em um ano, permitiria arrumar a saúde no país.
No começo deste ano, o prazo de arrecadação do tributo foi expandido. Agora o governo estuda a troca do "P" de provisória por outro "P", de permanente.



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