São Paulo, quinta-feira, 13 de junho de 2002

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Presidente eleito poderá acalmar mercado, diz Ciro

ANTÔNIO GOIS
DA SUCURSAL DO RIO

O candidato da Frente Trabalhista (PPS, PDT e PTB) à Presidência, Ciro Gomes, afirmou ontem que o brasileiro deve votar "tranquilo" no candidato que achar melhor, pois, segundo ele, qualquer um que aproveitar o prestígio popular de um presidente eleito terá condições de manter a estabilidade e a calma nos mercados.
Ao comentar as declarações do megainvestidor George Soros, que disse que o Brasil está condenado a eleger José Serra (PSDB) ou a mergulhar no caos, Ciro criticou o governo federal e seu candidato, acusando-os de estarem "apelando para a ignorância".
"Nós temos que ensinar a essa gente que somos um país que se dá ao respeito. Temos que dar uma lição ao governo e ao candidato dele, que querem apelar para a ignorância e obrigar um povo que já está sofrendo com o desemprego, violência e epidemias a votar com medo."
O candidato, que esteve ontem em Petrópolis (a 65 km do Rio) para participar da convenção regional dos partidos que o apóiam, afirmou ser preciso tranquilizar a população. "Todo esse terror é coisa de quem não tem argumento e tenta assustar a população."
Ciro discorda que a possibilidade de uma vitória da oposição seja o fator que causa nervosismo no mercado. "O que está gerando isso é a brutal irresponsabilidade do governo ao qual o senhor José Serra pertenceu por oito anos. O país tem uma dívida interna que explodiu e um rombo nas contas externas que é a maior de nossa história", disse.


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